Na esteira das mudanças tecnológicos dos nossos tempos, todos são atingidos. Da empresa ao profissional, o que cada um deve fazer para não ser atropelado pelas ondas tecnológicas, como a machine learning, a internet das coisas, a realidade aumentada, a inteligência artificial?
Não falta percepção no mundo corporativo do avanço e da velocidade com que estão sendo implantadas novas tecnologias. Contudo, esse processo não tem sido correspondido com ações efetivas por parte de algumas empresas que esquecem do alerta do guru Peter Drucker, o de equilibrar, sempre, as três dimensões da corporação: organização econômica, organização humana e organização social.
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O profissional que apenas obedece será substituído pelo robô. A empresa da nova era exige mais do que treinamento. É preciso implantar programas de aprimoramento dos recursos humanos que incorporem sistemas competitivos, estimulando a criatividade e a iniciativa, e, principalmente, o espírito colaborativo e não de competição. É um importante passo para incorporarem novos elementos, tais como recursos tecnológicos e métodos de aprendizagem mais dinâmicos.
Opinião | Carlos Paiola
* As aplicações de realidade aumentada na Indústria 4.0
Esses programas objetivando desenvolver os recursos humanos devem ser avaliados no contexto dessa inexorável transposição tecnológica. Talvez no setor portuário encontremos o exemplo adequado dessa transição, ao confrontarmos os novos conceitos de comunidades portuárias, clusters de cargas e a tecnologia blockchain.
Editorial | Portogente
* Humanidade aumentada
Estamos falando de um processo em que os sistemas de ação estão alinhados e se reforcem mutuamente, em um contexto internacional do negócio portuário marítimo. Considerando o ambiente global de juros negativos em busca de investimentos robursos, o Arco Norte, abrangendo os portos do norte e nordeste, será um campo fértil para implantação desse novo modelo tecnológico de organização.
Opinião | Roberto Mosquera
* Indústria 4.0 transformando o mercado de trabalho
Entretanto, nossos portos permanecem à matroca dos novos tempos e perdendo oportunidades para ocuparem lugares ambicioso no novo tabuleiro do comércio internacional. Essa marcha para o futuro tem início com investimento com capital humano. Como nos ensina a professora Marisa Eboli da FEA/USP: mais do que economias competitivas, teremos sistemas educacionais competitivos.