A indicação de Moreira Franco (MDB-RJ), pelo presidente Michel Temer, para o Ministério de Minas e Energia, como metáfora, põe combustível no comburente. Difícil acreditar que o conhecido "gato angorá", como o novo ministro apareceu na Lava Jato, consiga fazer uma travessia tranquila nesse cargo até dezembro próximo.
Moreira Franco, o gato angorá, nas Minas e Energia. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil.
Leia posição da engenharia
Eletrobras: privatização polêmica
Sua missão principal, privatizar a empresa, encontra uma esquerda pintada para o combate e contra a venda da hidrelétrica. Acirram os ânimos contrários, as credenciais de Moreira Franco que vêm acompanhadas de um histórico de denúncias de ex-executivos da Odebrecht sobre cobranças de propinas em concessões de aeroportos.
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Setor elétrico: às favas os escrúpulos
Energia é um fator central e estratégico na geopolítica mundial. O Brasil, por sua condição geográfica, ocupa um lugar de destaque por suas fontes renováveis e não-renováveis. Daí a centro-esquerda entender que tais questões sejam políticas de Estado, em vez de governo. Nesse último caso, sem risco de combustão instantânea.
Manifestações como a que acontece ram nesta segunda-feira última,em frente à barragem da Hidrelétrica de Furnas, parecem um esquenta do que está por vir. Por esses motivos as ações da Eletrobras caem. Ainda que pudesssem ser quedas interessantes para apostar no futuro, esse futuro é mais incerto do que parece. A história do rombo financeiro dessa estatal é a mesma de sempre: uso político.
A conjuntura política nacional aponta que vai faltar energia para Michel Temer mobilizar a votação favorável no Congresso do projeto de privatização da companhia. O deputado relator do projeto, José Carlos Aleluia (DEM-BA), não consegue reunir a comissão especial.
O que não falta ao País, nos últimos tempos, são dias conturbados, nebulosos, intraquilos e inseguros.
