O professor e pesquisador da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Sérgio Cutrim, abordou o potencial do Complexo Portuário do Maranhão para atrair rotas marítimas internacionais que ainda não passam pelo Brasil e como elo de indução para o desenvolvimento regional em sua participação no "WebSummit Arco Norte, Porta para o Mundo", do Portogente. O vídeo também auxilia na compreensão do mercado de trabalho em relação à formação de competências dos profissionais que atendem às demandas do universo logístico-portuário.

Devido à localização privilegiada e às grandes profundidades de navegação, o complexo maranhense tem recebido cada vez mais atenção de investidores nacionais e internacionais, pois pode se transformar em um grande trunfo para melhorar a conectividade marítima do Brasil com o mundo. Em média, explica Cutrim, uma embarcação que faz a rota São Luís-China proporciona economia de 20% de tempo e do frete marítimo em relação à tradicional rota Santos-China.

O Porto do Itaqui e os terminais privados da Vale e da Alumar também são privilegiados por contar com acesso a três malhas ferroviárias, fato raro nos demais portos em território brasileiro. Um dos principais desafios para expandir as operações no Maranhão está na necessidade de transformar a cultura portuária local, pois, ao contrário de outros municípios portuários como Santos, Vitória e Itajaí, o transporte marítimo só começou a ganhar importância no local nas últimas três décadas.

O excesso de planos portuários sem integração, o atual processo centralizado de decisões em Brasília e a eliminação do caráter deliberativo dos Conselhos de Autoridade Portuária (CAPs) foram criticados pelo pesquisador ao longo do vídeo.