Terça, 16 Abril 2024
Os elétricos foram muito utilizados por toda a Europa, e também pela América, já no século XX. Atualmente (2005), o transporte urbano sobre trilhos, também conhecido por VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), uma evolução do bonde, encontra-se em expansão em várias cidades de todo o mundo.

Com o advento do carro elétrico, semelhante a um autocarro (ônibus, no Brasil), embora movido a eletricidade, o elétrico passou a ser substituído por este, embora atualmente se verifique uma reinstalação de unidades atualizadas (ao nível do motor e chassi) mediante a crescente preocupação com o meio-ambiente e nível de vida nas cidades, como o caso de Mulhouse, na França. Paralelamente, a subsistência do elétrico representa uma mais-valia cultural das próprias cidades, já que cada uma introduziu modificações características. Muitas das grandes cidades da Suíça ainda usam os elétricos, bem como as grandes cidades da Alemanha e algumas cidades da França (Estrasburgo).

Os elétricos têm grandes vantagens com relação aos ônibus, entre as quais destacam-se a menor poluição (tanto sonora quanto atmosférica) e a prioridade no trânsito.

No Brasil, um elétrico é chamado de bonde. Uma das origens para esta curiosa denominação provém da primeira linha de bondes elétricos em São Paulo, instalada pela firma "The São Paulo Tramway Light and Power Co. Ltda.". Sendo esta uma empresa de capital aberto, era comum que os cidadãos acionistas se referissem de forma jocosa àqueles veículos com expressões do tipo "lá vai o meu Bond" (título de ação ou debênture). A expressão acabou se popularizando e se transformou em termo oficial. Outra versão relata que na cidade do Rio de Janeiro, a Botanical Garden Railroad Company operava elétricos (a primeira linha da América Latina). O termo bonde é uma alusão aos cupons ou bilhetes utilizados como pagamento das passagens, e que nos EUA eram conhecidos como bonds. A partir daí, teriam os passageiros passado a chamar tais veículos de bond, tendo este termo sido posteriormente aportuguesado para "bonde".

Na sua primeira versão, o elétrico era movido por cavalos. Os primeiros elétricos foram construídos nos Estados Unidos, daí o nome americano, pelo qual eram muitas vezes conhecidos. Em 1832 faziam o percurso Nova Iorque-Harlem e em 1834 em Nova Orleães. Inicialmente a linha férrea era saliente, acima do nível da estrada, transtornando a circulação pedestre e provocando acidentes. Seriam suplantados por carris (rails) embutidos na estrada em 1852, uma invenção de Alphonse Loubat.

O primeiro elétrico na França surgiria um ano depois, para a exposição mundial, com uma linha montada especificamente para demonstração ao longo de Cours de la Reine.

O sistema de bondes (elétricos) avançou também rapidamente no Brasil, em especial nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, sendo hoje considerado um dos principais condicionantes e possibilitadores do crescimento urbano destas metrópoles. Clique aqui saber mais sobre o Bonde de Santa Teresa.

O fenômeno do elétrico se propagaria pelo restante Europa (Londres, Berlim, Paris, etc.). Mais rápido e confortável que o autocarro, seriam, no entanto, mais dispendiosos dado que ainda eram puxados por tração animal. Com a invenção do motor a vapor em 1873 e motor elétrico, em 1881, este meio de transporte seria rapidamente adotado assim que resolvidos os problemas de produção e transmissão de electricidade.

O primeiro elétrico movido a eletricidade foi inaugurado em Berlim em 1881. Depois terem sido experimentadas várias formas de tração, como o vapor e o ar comprimido, foi Werner Von Siemens, ao desenvolver o dínamo, que lançou definitivamente a tração elétrica. A energia era gerada num ponto fixo e distribuída por um cabo suspenso ou pelos carris.

Em 1884, Frankfurt inaugura a sua rede e nesta cidade alemã funciona hoje em dia o mais antigo sistema de elétrico no Mundo.

O elétrico foi-se desenvolvendo, principalmente ao longo do primeiro quartel do século XX. Na Europa surgiram carruagens de dois andares ou atreladas. Nos EUA, a opção recaiu em carruagens maiores. Sendo um meio de transporte barato e fiável, deu uma ajuda ao desenvolvimento econômico e ao crescimento dos subúrbios e um pouco por todo o Mundo as grandes cidades aderiram ao elétrico.

No entanto, a popularidade dos automóveis e a fiabilidade dos novos autocarros, aliada à Grande depressão de 1929 nos EUA, que se repercutiu na Europa, levaram a um declínio dos elétricos.

Contudo, resistiram à crise, graças a novos modelos criados na Estados Unidos, dos quais ainda há composições a circular, que chegaram à Europa depois do final da Segunda Guerra Mundial. Este conflito, por um lado, levou ao fim do elétrico em países como a Inglaterra e a França, mas, por outro, proporcionou a reconstrução das linhas na Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Alemanha e Europa de Leste.

O elétrico teve um período de menor fulgor na década de 60, já que nesta época os automóveis assumiam-se como principal meio de transporte. Mas, o excesso de carros nas cidades acabou por levar a um renascimento do elétrico, com a Alemanha Federal a assumir o estatuto de líder. O elétrico continuava a ser um meio de transporte muito popular na Europa de Leste, já que o poder de compra não permitia ao comum dos cidadãos a aquisição de um automóvel. Esta situação levou a que a União Soviética se tornasse o maior operador do Mundo.

Entretanto, tanto a Europa como os EUA verificaram que os transportes públicos eram uma excelente arma contra o trânsito e a poluição, e o elétrico foi beneficiado com isso. Surgiram composições mais rápidas e confortáveis, que representam variantes ao conceito original de elétrico e se chegam a confundir com o próprio metro de superfície. O elétrico voltou assim a ser de novo um transporte público a ter em conta em paragens tão distintas como França, Itália, EUA, China, Malásia e Austrália, que para o Jogos Olímpicos de Sydney 2000 apostou neste meio.
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