Sexta, 29 Março 2024

Advogado do setor de Agronegócios

O Brasil está parado. Esse é o cenário do país desde a última quarta-feira, 18 de fevereiro, dia em que estourou uma das maiores greves de caminhoneiros de que se tem notícia. A paralisação se concentra, principalmente, nos estados do Sul e Centro-Oeste, com bloqueio de rodovias federais. Já são 11 os estados afetados.

Leia também
Indústria de Santa Catarina manifesta preocupação com greve de caminhoneiros

Os motivos principais seriam a redução do valor do frete, além do aumento do preço do óleo diesel, fatores cruciais e que determinam a funcionalidade da categoria. Também são reivindicadas a redução dos valores de pedágio e a prorrogação nas parcelas para financiamento de caminhões. A categoria ainda pede alteração na “Lei dos Caminhoneiros” e a mudança das oito horas mais duas horas extras estipuladas para 12 horas mais duas horas extras.

O segmento mais afetado com essa grande paralisação é o agronegócio como um todo, principalmente por ser um momento intenso para o setor, época de escoamento da safra. Dentre os problemas, as criações estão carentes de ração, há falta generalizada de óleo diesel, bloqueio de cargas perecíveis e postos de combustível sem gasolina nas bombas, entre outros.

O bloqueio dos grãos com destino aos portos para a exportação gera, inclusive, mudanças nos preços nas negociações à vista com as tradings responsáveis pelo processamento.

O desabastecimento já é sentido em várias cidades, principalmente no interior do Paraná e de Santa Catarina, tais como Guarapuava, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Concórdia e Chapecó. Conforme a greve se estenda, é grande a possibilidade de o desabastecimento atingir outras cidades.

A paralisação gera um efeito dominó sobre a produção agropecuária, pois sem insumos a produção e a colheita param. Sem produção e colheita, não há escoamento. Com o escoamento parado o mercado interno fica desabastecido, além de os portos ficarem sem o processamento de exportação da produção.

Medidas fiscais e de subsídios devem ser discutidas nos próximos dias em diferentes esferas do governo, numa tentativa de atenuar o impacto financeiro sentido pela categoria dos caminhoneiros. E quanto mais as autoridades tardarem em tomar uma atitude, a situação só tende a piorar.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

Deixe sua opinião! Comente!
 

 

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome