A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) defende a imediata normalização das atividades econômicas no Estado, afetadas por um movimento de protesto dos caminhoneiros, que vem sendo realizado desde o dia 18 de fevereiro último. Nesta segunda-feira (23/2), a entidade enviou correspondência à presidente Dilma Rousseff solicitando o encaminhamento de solução e emitiu nota oficial pela qual manifestou “inconformismo” diante da paralisação. O protesto é contra o aumento dos combustíveis.
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“Independentemente do mérito e da procedência [do protesto], nunca se pode fazer um movimento que cause um abalo econômico e social”, afirmou Glauco José Côrte, presidente da Fiesc. Ele salientou que a greve está paralisando a agroindústria – algumas chegaram a conceder férias coletivas – e impedindo o fornecimento de combustível em diversas cidades. O empresário defendeu a continuidade das negociações entre o movimento grevista e os governos federal e estadual e destacou que a Federação estuda, caso o movimento persista, a adoção de medidas judiciais assegurando o direito de circulação das pessoas e da produção. Conforme Côrte, o protesto põe em risco o modelo de agroindústria construído em Santa Catarina.
Foto: Plínio Bordin/Fiesc
Agroindústria é um dos setores mais prejudicados no Estado
Em nota oficial, a entidade se diz inconformada com a greve da categoria por estar provocando “prejuízos incalculáveis à agroindústria catarinense e a toda economia estadual”, explicando que o segmento alimentar catarinense é o maior produtor de suínos do País e o terceiro de frangos.
E critica: “Impedir as operações da agroindústria é o mesmo que paralisar as atividades de milhares de famílias que atuam nos campos e decretar o fechamento de milhares de postos de trabalho, causando abalos irrecuperáveis à economia e à ordem social.”
Por fim, a entidade das indústrias catarinenses apela aos governos federal e estadual e aos organizadores do movimento grevista para que encaminhem medidas imediatas de normalização das atividades da agroindústria, patrimônio e bem maior de milhares de famílias catarinenses.