Transporte / Logística

O anúncio de que o Governo Federal manterá os parâmetros da política de exigência de conteúdo local na cadeia de petróleo e gás trouxe alívio para o setor de construção naval por estimular a capacidade da indústria com o incentivo à produção de equipamentos. O superintendente da ONIP (Organização Nacional das Industrias do Petróleo), Jorge Bruno, que participa da 12ª edição da Marintec South America - Navalshore, acredita que a tecnologia pode ser uma grande aliada da indústria para superar este período de transição vivido pelo País. Para ele, o mercado de construção naval brasileiro pode atrair empresas tecnológicas, interessadas em trazer inovações para o desenvolvimento de embarcações, equipamentos e produtos navais no País. Uma das principais razões para a aquisição de tecnologia é o aumento da produtividade. De acordo com Jorge Bruno, uma embarcação construída no Brasil, por exemplo, pode levar o dobro de tempo de uma embarcação fabricada no exterior. Com a aplicação de conhecimento técnico e científico esse prazo reduzir e elevar a competitividade do setor. O incentivo à tecnologia para o setor de navipeças é uma das ações da Onip, e a nacionalização de equipamentos por meio do programa Plataformas Tecnológicas (Platec), que conta com recursos da Finep (Financiadora de Recursos e Projetos), ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, tem esta finalidade. A partir deste projeto, a organização conseguiu expandir a produção de um navio petroleiro, uma plataforma FPSO e chegou a um nível elevado de equipamentos. Somente o navio petroleiro possui 1836 equipamentos, sendo que deste total 622 são nacionalizáveis. “Esta prática tem sido um grande sucesso porque podemos fabricar produtos aqui que antes não eram fabricados”, comenta o superintendente. Catálogo Navipeças - A principal ação da Onip é o Catálogo Navipeças, criado em 2009 em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com o objetivo de consolidar e ampliar a participação da indústria nacional fornecedora de bens e serviços para este setor. O cadastro possui 799 empresa nacionais, fabricantes e prestadores de serviços diretamente ligados à construção e reparação naval, qualificados para fornecer mais de 1800 itens. “O catálogo reúne inúmeras empresas, entre elas estão grandes fabricantes do passado que retornaram para o mercado. Isto é a prova do resultado positivo proporcionado por este trabalho. Além disso, a nova versão possui embarcações interativas, onde é possível fazer um passeio virtual em um navio petroleiro e em um barco de apoio do tipo AHTS”, Fórum de Líderes - No dia 11 de agosto o superintendente da Onip, Jorge Bruno, participará do Painel: “A indústria da construção naval e offshore: produtividade, fomento, legislação e sustentabilidade”, no Fórum de Líderes, que será realizado pela Marintec South America - Navalshore, evento do setor de construção e manutenção naval da América do Sul, em parceria com o Sistema FIRJAN e Sinaval, para debater soluções estratégicas que contribuam com a retomada da atividade da cadeia produtiva. O encontro acontecerá paralelamente à Marintec, que ocorre de 11 a 13 de agosto, no Centro de Convenções SulAmerica, no Rio de Janeiro.

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A MRS Logística encaminhou à Redação Portogente nota oficial a respeito de notícia publicada no site, nesta terça-feira (23/6), que transcrevemos a seguir:

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A Capitania dos Portos dos Paraná (CPPR) realizou na manhã de terça-feira (23/6) o resgate de três pessoas que se encontravam a bordo de um barco de alumínio e estavam desparecidas desde segunda-feira (22), nas proximidades da Ilha do Mel, Litoral do Paraná.

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O diretor-geral da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia, negou que haja assimetria entre as condições ofertadas para a exploração de serviços dentro e fora dos portos públicos. “Temos interessados em explorar espaços dentro dos portos organizados e também para explorar terminais fora da área do porto público. Desde 1993, quando o governo deixou a operação dos portos a cargo de operadores privados, os empreendimentos vêm funcionando bem nos dois casos” disse Povia, em audiência nesta terça-feira (23/6) na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. A fala do diretor da Antaq foi uma resposta a questionamento do deputado Edinho Bez (PMDB-SC).

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O Ministério Público Federal em Santos, no litoral paulista, recomendou que a América Latina Logística (ALL) e a MRS Logística S.A. realizem avaliação e atualização de seus maquinistas e controladores de tráfego quanto às normas a serem seguidas nos casos em que é preciso reduzir a velocidade dos trens. O objetivo da medida é garantir a segurança do transporte ferroviário após o acidente ocorrido em 31 de outubro do ano passado, em um trecho arrendado pela MRS Logística em Cubatão, na Baixada Santista, envolvendo duas locomotivas da ALL.

Na ocasião, uma das composições colidiu na traseira de outra que estava estacionada no mesmo ramal. O acidente ocasionou o descarrilamento de quatro vagões, que carregavam cerca de 80 toneladas de milho e açúcar. Além disso, o choque provocou o derramamento de 5 mil a 9 mil litros de óleo diesel e hidráulico que estavam nos tanques de abastecimento das locomotivas.

Segundo Relatório da Comissão de Investigação, antes da colisão, a composição que trafegava pela via férrea chegou a 34 km/h apesar de a sinalização luminosa indicar que a velocidade no trecho deveria ser restrita, não excedendo os 25 km/h, devido à eventual parada junto a outro trem. Paralelamente, o controlador de tráfego da MRS deixou de comunicar ao maquinista da ALL a necessidade de reduzir a velocidade. As duas concessionárias discordam quanto às causas do acidente. Enquanto a MRS alega que o maquinista descumpriu o indicado pela sinalização, a ALL argumenta que as ordens do controlador de tráfego se sobrepõem a qualquer sinal luminoso.

Conhecimento prático
O programa de avaliação e atualização dos profissionais recomendado pelo MPF deverá ser realizado com simulações práticas de situações críticas em que as composições podem se envolver. As investigações da colisão comprovaram que o maquinista apenas conhecia a condução no trecho do acidente por meio de provas teóricas.

O procurador da República Thiago Lacerda Nobre, autor do procedimento, também recomenda à MRS Logística que, no prazo de 30 dias, envie ao MPF documentos que demonstrem todas as sinalizações que exigiram a redução da velocidade das composições no trecho do acidente nos últimos cinco anos. A concessionária também deverá remeter o Boletim de Restrições atualizado e as velocidades máximas cadastradas no sistema de licenciamento para os trechos de malha ferroviária que passam por cidades da Baixada Santista e Zona Portuária.

A recomendação também é direcionada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que, em 30 dias, inicie estudos quanto à possibilidade de redução da velocidade máxima autorizada no ramal onde ocorreu o acidente. A autarquia tem 180 dias para concluir a análise e apresentar parecer conclusivo sobre a necessidade e a viabilidade das mudanças. Leia a íntegra da recomendação. Foto da home: Sérgio Furtado/G1
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