O modelo vigente de concessão ferroviária foi mal estruturado e mal aplicado, por isso não atende aos interesses públicos nem aos interesses nacionais. A crítica é da economista e analista de conjuntura econômica no Laboratório de Políticas Pública da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ceci Juruá, para quem o modelo foi elaborado por consultoras internacionais e apresentado quase como fato consumado.
O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp), Valdir Santos, reclama de abusos quando o assunto é o demurrage. Segundo ele, os armadores e as agências marítimas cobram valores absurdos e inaplicáveis, determinadas multas podem superar até mesmo o valor de um contêiner novo que custa de R$ 10 mil a R$ 15 mil.
Um palco de denúncias sobre a situação do transporte ferroviário no Brasil, que tem cerca de 28 mil quilômetros de malha, sendo que menos da metade está em operação. Este é o resumo que se pode fazer do seminário “Ferrovia da Integração: compromisso do Parlasul”, realizado no dia 20 último, em Florianópolis (Santa Catarina), que reuniu parlamentares das assembleias legislativas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e de Províncias da Argentina. O presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, o deputado federal Pedro Uczai, do PT catarinense, participou do debate e também a Procuradora da República do Rio Grande do Sul, Lara Caro.
A falta de infraestrutura logística eficaz é a queixa maior do presidente da Câmara Interamericana de Associações Nacionais de Agências Marítimas (Cianam) e do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Espírito Santo (Sindamares), Waldemar Rocha Júnior. Ao Portogente, ele falou sobre os problemas comuns das agências marítimas nas três Américas, Latina, Central e do Norte, como a liberação de navios, alfândegas, migração, portos e infraestrutura.
Crescimento de 5,5% ao longo de oito anos. Crescimento de 13% durante a crise econômica mundial de 2009, enquanto a China cresceu 10% no mesmo período. Tudo isso pode ir por água abaixo com o fim do Fundo para o Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), incentivo às importações e exportações. A preocupação é do deputado estadual Luciano Rezende (PPS), que teme pela continuidade do desenvolvimento e crescimento do Espírito Santo.