Quarta, 27 Novembro 2024

Transporte / Logística

Brasília, mais precisamente a sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quarta-feira (13), foi palco de uma cena fora dos padrões normais na relação capital-trabalho. A ameaça representada pelas importações reuniu representantes da CNI, de centrais sindicais e de sindicatos de trabalhadores na busca de propostas para aumentar a competitividade da indústria nacional e evitar um processo de desindustrialização no país. Ficou acertado que trabalhadores e empresários levarão os problemas à presidenta Dilma Rousseff e pedirão a criação da Câmara da Industrialização, para combater a desindustrialização. Além disso, será feita uma mobilização para mostrar aos parlamentares as dificuldades enfrentadas pela indústria e os riscos que isso representa para o emprego.

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A logística compreende a movimentação de cargas ou pessoas porta a porta, ou seja, da origem inicial ao destino final. Tudo o que está envolvido dentro dessa movimentação é o escopo da logística. Seja o tempo total, assim como o custo e as modalidades de transporte, incluindo as operações de troca de modalidades.

O transporte rodoviário é a principal modalidade que permite a movimentação porta a porta. Dutovias e esteiras podem permitir uma movimentação porta a porta, mas restrita a alguns produtos especiais, como o minério de ferro suprido diretamente da mina à usina siderúrgica. Todas as demais dependem de uma ponta rodoviária.

Na perspectiva logística a unidade de planejamento, gestão ou operação é uma rota ou um corredor que envolve uma ou mais modalidade de transporte e as unidades de troca de modalidade ou veículo de transporte.

O porto é uma unidade de troca de uma modalidade de transporte, em geral, terrestre para hídrica, podendo ser entre duas modalidades hídricas.

Dessa forma, do ponto de vista logístico, é insuficiente avaliar ou comparar a competitividade entre portos. A competitividade deverá sempre ser avaliada entre corredores ou rotas.

No caso da soja do centro-oeste a competitividade deve ser comparada entre os corredores em direção ao Norte (Santarém), ao Nordeste (São Luís), ao Leste (Ilhéus), ao Sudeste (Santos) e ao Sudeste-Sul (Paranaguá). Como se trata de uma área muito extensa é possível que a partir de um certo ponto os corredores Norte ou Nordeste fiquem mais competitivos que os do Sudeste.

Os corredores do Sudeste estão mais consolidados, mas aqueles mais ao Norte dependem de investimentos em rodovias, ferrovias e até hidrovias que estão em projeto ou em implantação.

Um porto de exportação de commodities que ficar na espera que a carga chegue a ele pode ficar sem a mesma. Investimentos que estão sendo feito na Ferrovia Norte-Sul, Transnordestina, pavimentação e melhoria de rodovias podem "roubar" a carga que antes chegava ao porto.

Um porto de exportação para ser competitivo precisa participar da melhoria da competitividade dos corredores que tem ele como ponto de transferência marítima.

A sua atuação mercadológica deve buscar parcerias, mediante as quais contrata a movimentação total da carga ponta a ponta, ou seja, da origem ao porão do navio. Essa seria a visão logística.
A partir daí o seu planejamento estratégico deve buscar selecionar as cargas mais desejadas ou prioritárias. Definir então quais os agentes de comercialização que devem ser buscados como parceiros.
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“As concessionárias privadas, com a ALL [América Latina Logística] à frente, não sofrem bullying, sofrem de amnésia interessada”. A observação é do ex-presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, em contraponto ao diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, que, em entrevista ao jornal Valor Econômico, no dia 4 último, disse que o setor “está sofrendo de bullying e síndrome do pânico” porque é atacado por todos os lados.Samuel Gomes é bastante crítico à situação atual das ferrovias nacionais. A amnésia a que se refere é que as concessionárias esqueceram os contratos que se obrigaram a cumprir.“Esqueceram, também, dos bilhões com que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) irrigou os cofres das concessionárias durante os 15 anos em que as ferrovias foram depredadas e as práticas monopolísticas mais cruéis e irresponsáveis levaram à falência empresas e de regiões inteiras e o transporte ferroviário de cargas à regressão em vários aspectos”. Para ele, não resta dúvida de que recursos públicos financiaram a privatização da malha e financiaram sua exploração predatória. “Dinheiro público contra a sociedade brasileira”.

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A cada dia que passa a intenção de participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na fusão entre os grupos brasileiro Pão de Açúcar e francês Carrefour ganha mais críticas no País. Nesta terça-feira (12), quem entrou na história foi o Ministério Público Federal no Distrito Federal que quer esclarecer a legalidade de uma possível operação e o interesse público no uso de recursos do BNDES.

O banco pretende participar da operação com cerca de R$ 4,5 bilhões, mas apenas quando houver acordo entre o Pão de Açúcar e a Casino, empresa francesa que é sócia do grupo brasileiro, explica o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. No entanto, com ou sem acordo entre os sócios, o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), Quintino Severo, define a participação do BNDES nesse negócio como um verdadeiro atentado ao bom senso.

“Não é papel de instituições públicas, bancadas pelo suado dinheiro dos trabalhadores, fomentar o desemprego, o arrocho de salários e o fim da concorrência, que prejudicaria a todos com a prática de preços monopolistas”.

Como conselheiro do FAT, de onde vem a maior parte dos recursos do BNDES, Severo diz que não há como deixar de expressar a sua mais ferrenha oposição à utilização de recursos do banco nessas nebulosas operações privadas, como define a fusão dos dois grupos do setor varejista.

"Enquanto a economia solidária, micros e pequenos empresários encontram imensas dificuldades para se manterem, especialmente após o último arrocho dado pela equipe econômica, as “torneiras” do BNDES se abrem generosas para os dois gigantes”.

E prossegue: “a questão de fundo a ser debatida pela sociedade é se queremos dar um cheque em branco a uma concentração predatória, que vitaminará um monstruoso monopólio no setor varejista ou se queremos um modelo de desenvolvimento que combata as desigualdades regionais, promova as economias locais, as micros e pequenas empresas, justamente as que seriam tremendamente prejudicadas – e sufocadas – caso seja consumado este verdadeiro atentado ao interesse público”.
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O professor Carlos Alberto, que desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília, vindo de São Paulo, gostou da ideia. Ao ouvir, de longe, o ritmo do famoso choro brasileiro, foi descobrir do que se tratava. “Fiz questão de parar aqui para ouvir. É surpreendente. A música consegue relaxar, deixa o ambiente mais agradável”, diz.

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