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"O setor metroferroviário nacional precisa progredir na modernização dos sistemas existentes para acompanhar o desenvolvimento tecnológico". Esta é a afirmação da superintendente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Roberta Marchesi. Para ela o avanço das tecnologias precisa ser acompanhado para que o Brasil possa chegar ao mesmo patamar que outros países em termos de eficiência na velocidade das composições, aumento da produtividade e ampliação da capacidade instalada. "Tão importante quanto expandir a rede metroferroviária do País é modernizar o sistema, a infraestrutura e a frota de trens. A modernização deve ser prioridade, visando garantir a regularidade do transporte, o aumento da oferta de serviço e o conforto dos passageiros. E para as tecnologias serem eficientes é necessário ter uma rede de fornecedores que atenda as demandas por peças e equipamentos, com o objetivo de garantir um processo de manutenção eficaz", explica a superintendente da entidade, que por mais de dois anos consecutivo apóia a NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos, principal evento do setor metroferroviário da América do Sul.Como exemplo, Marchesi cita o sistema utilizado na manutenção dos trens da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo. As composições da operadora são modulares e quando existe algum problema ou necessidade de revisão, os módulos são substituídos. Desta forma a operação ganha dinamismo, não sendo preciso parar o trem para fazer a manutenção ou troca de alguma peça. "Essas ações são pensadas para a eficiência da manutenção e garantia da oferta de trens para os passageiros", completa a superintendente da ANPTrilhos. Segurança - Outro ponto destacado por Marchesi foi a questão da segurança no sistema metroferroviário. Nos últimos anos o mercado vivenciou um crescimento acelerado da demanda pelo transporte de passageiros que acarreta medidas de segurança. A alta densidade de utilização, aliada à necessidade de garantia de altos níveis de segurança operacional, exige a adoção de meios tecnológicos mais avançados, baseados em telecomunicações que garantam a confiabilidade. Para isso, a organização internacional de ferrovias, International Union of Railways (UIC), recomenda a utilização de tecnologias de terceira e quarta gerações para a comunicação metroferroviária. No Brasil, os trens da Linha 4-Amarela de São Paulo já utilizam o sistema driverless, que trafega sem condutor, e o Metrô de São Paulo testa a tecnologia no monotrilho da Linha 15-Prata e também utilizará no monotrilho da Linha 17-Ouro. "Essa é a tendência e é fundamental ampliar os canais de comunicação seguros e confiáveis para que os novos sistemas possam vir com essas tecnologias e avançar na utilização. E isso reflete na população, através da ampliação da oferta de trens e disponibilidade de assentos".
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