Ministros de governos latino-americanos estiveram reunidos esta semana em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, na CLX Reunião da Diretoria Executiva do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). O objetivo era discutir riscos das mudanças climáticas na região, planos de ação e recursos que o banco pode acessar em caso de catástrofes, emergências, reconstrução e prevenção.
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O CAF é uma instituição financeira multilateral que tem por sócios 19 países da América Latina e Caribe e Europa, além de treze bancos privados da região.
O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, esteve presente para tratar de projetos de infraestrutura. O total de recursos aprovados pelo CAF ao Brasil em 2016 foi de US$ 1,4 bilhão, dos quais US$ 477 milhões (35%) representam financiamentos com risco soberano (com garantia do Tesouro Nacional e aprovado pelo Congresso) e US$ 893 milhões (65%) não soberano (sem garantia e concedido a estatais e setor privado).
O banco tem 31 projetos para o País, sendo sete para estados e 24 para municípios, nas áreas de educação, urbanismo, saneamento, turismo e transporte.
O ministro e o presidente da CAF assinaram convênio de Subscrição de Capital Ordinário formalizando a participação do Brasil no aumento de capital do CAF que havia sido aprovado em novembro de 2015, com apoio dos países-membros.
Ao Brasil coube o compromisso de aportar US$ 572 milhões. No entanto, dadas as restrições orçamentárias do País, ficou acordado que esse montante será pago durante os próximos oito anos a partir de 2018.