Com uma vida pública bastante ligada ao Porto de Paranaguá, a ponto de seu irmão, José Richa Filho, ocupar o cargo de secretário de Infraestrutura e Logística, o governador paranense Beto Richa (PSDB) está sendo acusado pelo Ministério Público de ter sido beneficiado por fraudes na concessão de licenças ambientais para a empresa Green Logística. A companhia foi autorizada a construir um estacionamento de caminhões nas proximidades do Porto, em área de Mata Atlântica. A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, autorizou a abertura de inquérito para investigação do caso.
Abaixo, Beto Richa discursa em evento oficial no Porto de Paranaguá, em imagem feita pelo fotógrafo Pedro Ribas.
Chamou atenção do Ministério Público a obtenção da licença em área proibida para essa atividade de acordo com a legislação federal. O MP descobriu que a Green Logística comprou o terreno em 11 de dezembro de 2013, ainda antes de ter obtido a autorização de funcionamento. Pouco mais de um mês depois, ainda segundo a denúncia, o governador assinou um decreto criando o eixo modal de Paranaguá, em uma área que inclui o terreno do estacionamento.
Os promotores paranaenses dizem que há fortes indícios de que a Green Logística faz parte de um grande grupo empresarial com diversas companhias que pertencem às mesmas pessoas. No quadro de sócios de uma dessas empresas estariam a mulher do governador, Fernanda Richa, e os filhos Marcelo, André e Rodrigo. Em nota à imprensa, o governador classificou a acusação de "absurda"
Com informações da GloboNews.