A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) acaba de bater mais um recorde de movimentação: ao longo do mês de abril de 2015, o Porto de Paranaguá escoou 1,476 milhão de toneladas de soja, superando o recorde anterior de 1,396 milhão de toneladas em abril de 2014. A alta de 6% é considerada um recorde histórico.
Além disso, o Porto de Paranaguá também foi a principal via de escoamento da produção brasileira de farelo de soja, óleo vegetal e congelados no acumulado de 2015. O porto paranaense foi o líder na movimentação destes produtos em comparação com os demais portos brasileiros nos primeiros meses do ano.
Com os recentes investimentos feitos na estrutura do porto, Paranaguá também ganhou espaço na exportação de milho e de álcool. “Este novo recorde histórico é o resultado do aumento da produtividade nas operações de grãos em Paranaguá. Isso só foi possível com investimentos em modernização”, afirmou o governador Beto Richa.
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
Os novos carregadores de navios inaugurados no Corredor de Exportação possibilitaram o aumento em 33% da produtividade do Porto de Paranaguá, que passou a operar de uma velocidade de 1,5 mil toneladas por hora, para 2 mil toneladas por hora. Ao todo, a Appa investiu R$ 59 milhões na compra de quatro novos carregadores, sendo que dois deles estão sendo montados e entrarão em operação no próximo semestre. Os novos shiploaders estão substituindo equipamentos adquiridos na década de 70.
Vale lembrar que o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá não recebia investimentos desde 1999. “Hoje temos um Porto mais eficiente, desburocratizado, com licenciamento ambiental e programas jamais vistos na área de sustentabilidade. Além disso, conseguimos reconquistar a confiança da iniciativa privada que – com a aquisição de 12 novos guindastes – demonstra ter voltado a confiar na Administração do Porto de Paranaguá e Antonina”, ressaltou secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
MELHORIAS
Entre os anos de 2011 e 2014 foram investidos R$ 511 milhões em obras de melhoria, infraestrutura e novos projetos no Porto de Paranaguá. Entre eles estão, a modernização do sistema de conferência das cargas de fertilizantes, que agilizou o trabalho e ajudou a diminuir o tempo de espera dos navios; o programa carga online, sistema informatizado que ordena a chegada de caminhões graneleiros e acabou com as filas no Porto de Paranaguá; adoção do monitoramento eletrônico e de novas regras de atracação no Corredor de Exportação, tornando mais ágil a exportação de grãos; as três campanhas de dragagem que devolveram a profundidade original aos canais de acesso e berços de atracação; recuperação das vias de acesso no entorno do Porto de Paranaguá; aumento do pátio de triagem; o Programa Porto no Campo e a garantia das licenças ambientais .
Para que se tenha uma ideia, lembra o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, o Pátio de Triagem de Caminhões do Porto de Paranaguá recebeu nos primeiros meses de 2015, entre janeiro e abril, 113.350 veículos. O número representa um aumento de 78%, se comparado com o mesmo período de 2010, quando o local recebeu 88.946 caminhões. Ao todo R$ 7,49 milhões foram aportados em melhorias no Pátio de Triagem. O local tem capacidade estática para abrigar até mil caminhões simultaneamente, mas diariamente passam pelo Pátio cerca de 2,5 mil caminhões, para descarregar grãos no período de safra.
“Após conseguirmos ordenar a descarga dos grãos, equilibrar o fluxo de caminhões e zerar as filas, investimos na modernização e repotenciamento do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá”, destaca Dividino.
Estas medidas resultaram no aumento da receita cambial, que em 2010 era de U$ 14,5 bilhões e passou para U$ 16,5 bilhões em 2014. Já a movimentação geral de cargas passou de 38,1 milhões em 2010, para 45,5 milhões em 2014.
O QUE VEM POR AÍ – Para este ano, a previsão da Appa é investir R$ 360 milhões nos portos paranaenses. Segundo Dividino, apenas nos quatro primeiros meses de 2015, o Porto de Paranaguá recebeu mais investimentos do que durante uma década.
“Tudo o que foi solicitado ao governador Beto Richa pela sociedade organizada, Conselho de Autoridade Portuária, Federações, Sindicatos, trabalhadores e operadores, foi entregue neste início de ano”, disse Dividino.
Entre as obras, equipamentos e projetos entregues em 2015 estão aquisição de novas balanças para pesagem dos caminhões, as obras de reforma do cais, a nova iluminação (em LED) da avenida portuária, a implantação de novos tombadores e demais componentes para descarregar cargas e a dragagem de manutenção do canal de acesso ao Porto de Paranaguá.
Neste montante estão previstos investimentos em infraestrutura marítima (reforma do cais já em andamento), infraestrutura de acostagem, e infraestrutura terrestre, como a implantação de um novo sistema de combate a incêndio e a recuperação da Avenida Bento Rocha, em Paranaguá.
Também estão programados investimentos em tecnologia, com a aquisição de scanners para inspeção de cargas. O meio ambiente será beneficiado, com a construção da Base de Prontidão para Emergências Ambientais e ações voltadas ao monitoramento ambiental. Todos os investimentos acima listados já estão em execução.
Para os próximos três anos, 2016 a 2018, a Appa irá investir R$ 577 milhões em projetos de infraestrutura, obras de reforma em berços de atracação e ações contínuas de manutenção e dragagem.
“Nos próximos três anos faremos mensalmente uma nova entrega, seja ela na área de tecnologia, automação, ampliação de pátios ou de projetos em execução. Ou seja, tudo aquilo que um Porto deve cuidar para permanecer e ampliar o mercado nos próximos 30 anos”, enfatizou Dividino.
PORTO DE ANTONINA – Neste início de ano o Porto de Antonina também apresentou resultados. Após um ano com o mercado em baixa, o Porto de Antonina voltou a ser uma porta de saída do açúcar ensacado brasileiro, com a perspectiva de exportar um volume maior do que 2012 e 2013 somados. O primeiro carregamento de açúcar no Porto de Antonina começou em março, com 17 mil toneladas de produto proveniente do interior de São Paulo, com destino a Angola.
Agora já chega a 28 mil toneladas o volume embarcado até abril – mais que a movimentação do produto ao longo de 2013 e 2014. A expectativa para este ano é que sejam carregadas 200 mil toneladas pelo terminal. De 2007 a 2009, não houve movimentação do produto em Antonina.
“Fizemos a dragagem de Antonina, que devolveu os 10 metros de profundidade do canal”, diz o diretor do Porto, Luiz Carlos de Souza. Com isso, navios maiores e de diferentes cargas poderão atracar em Antonina. “Vamos aumentar o portfólio de produtos negociados, o que fortalece a economia local”, reforçou Luiz Carlos.
Outra boa notícia para a cidade foi a licitação da área para arrendamento a uma empresa privada. O porto paranaense é o primeiro do Brasil a receber, da Secretaria de Portos (SEP), a autorização para licitar uma área portuária, em conformidade com a nova Lei dos Portos. Na área a ser licitada está prevista a instalação de uma indústria metal-mecânica, com investimentos de R$ 20 milhões e a geração de pelo menos 100 novos postos de trabalho.
Portos paranaenses batem recordes históricos em exportação
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