A médica do trabalho da Fundacentro da Bahia, Cristiane Maria Galvão Barbosa colocou durante a realização do evento “Trabalho seguro: condições de trabalho dos rodoviários da Bahia” que jornadas excessivas e falta de repouso são as principais causas de adoecimento entre esses profissionais.
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A médica esclareceu sobre a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), via empresa, sindicato, ou pelo próprio trabalhador e salientou as mudanças ocorridas com a adoção do nexo técnico epidemiológico, sistema adotado pela previdência para estabelecer relações de causa e efeito entre doenças ocupacionais e atividades profissionais específicas.
A desembargadora Lea Nunes apresentou números de acidentes de trabalho no Brasil e no mundo e lembrou que as condições ocupacionais podem interferir no estado psicofisiológico dos motoristas. Esse estado compromete as funções físicas e mentais, as quais são compostas pelo tempo de reação, audição, percepção de profundidade, visão periférica, agilidade para agir em uma determinada situação que possa ocorrer no trânsito; causando adoecimento, acidentes e até mortes.
O presidente do sindicato dos trabalhadores, Hélio Ferreira, defendeu a redução da carga horária e a aposentadoria especial para a categoria. O procurador Alberto Balazeiro ressaltou a necessidade do endurecimento da fiscalização sobre as jornadas de trabalho de motoristas de empresas de transportes urbanos e de rodoviários de todo o País. Informações da Fundacentro.