Recentemente, na Capital paulista, foi discutida a retomada da navegação no rio Tietê. O encontro reuniu representantes da Administração Hidroviária do Paraná (AHRANA/DNIT), Ministério dos Transportes, Marinha do Brasil (Capitania Fluvial do Paraná-Tietê e Estado Maior da Armada), Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) de Jahu, Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e representantes do setor empresarial.
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Durante o encontro, foram discutidos diversos temas ligados ao setor hidroviário, como a crise hídrica e a navegação na Hidrovia Paraná-Tietê, o uso múltiplo das águas, com destaque para a produção de energia e a navegação, e concessão de hidrovias. Na ocasião, o diretor-geral da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), Mário Povia, cobrou o andamento das obras de derrocamento do trecho do rio Tietê, próximo à barragem de Nova Avanhandava, no município de Buritama. A obra tornou-se essencial para a retomada da navegação naquele trecho da hidrovia, depois que o nível mínimo operacional do reservatório de Três Irmãos, que já havia sido rebaixado pela usina, caiu ainda mais devido à forte estiagem. O nível mínimo para operação da eclusa é de 323 metros e, hoje, está em 318,5 metros. “Já foi feita a pré-qualificação das empresas que farão a obra e expedida a licença prévia do empreendimento”, informou.
Também diretor da agência reguladora, Adalberto Tokarski também destacou a importância da obra, que conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e do governo do Estado de São Paulo. “A obra vem amenizar os problemas gerados com a paralisação da hidrovia e a forte estiagem que castigaram o sistema hídrico e a navegação no rio Tietê desde o ano passado”, observou.
Desde abril do ano passado que a navegação na Hidrovia Paraná-Tietê está parada. A paralisação começou depois que a Companhia de Energia do Estado de São Paulo (Cesp), para produzir mais energia, reduziu o nível das águas nos lagos das usinas de Ilha Solteira e Três Irmãos, que são ligados pelo Canal Pereira Barreto, no rio Tietê. A redução da vazão das duas usinas foi autorizada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Com a paralisação, somente no período maio/novembro, houve uma queda na movimentação de carga na hidrovia de mais de dois milhões de toneladas de mercadorias, como soja, milho, farelo de soja, madeira e celulose.