Em plena safra, o terminal vem operando 18 mil toneladas/dia de grãos – equivalente à carga de 418 carretas – .que seguem da capital de Rondônia para o Porto de Itacoatiara, no Amazonas, rumo ao mercado externo. O diretor-presidente da SOPH, José Ribamar da Cruz Oliveira, alega que a marca histórica de 18,48 metros, registrada ontem, ameaça a segurança no embarque das balsas, que é feito com um sistema de esteiras no cais flutuante. Já a rampa roll-on-roll-off continua operando o transporte de combustível, que foi transferido dos portos privados localizados ao longo da estrada do Belmont.
O cais foi construído há 26 anos e nunca passou por uma reforma, portanto não há como precisar se tem condições de suportar a força da correnteza. “Nos últimos 10 anos, o Governo Federal não enviou nenhum recurso para beneficiar o Porto de Porto Velho. Se ainda estamos atendendo toda a demanda resultante da interdição dos outros portos é por causa dos investimentos na infraestrutura de outros pontos de atracação, realizados pelo Governo do Estado”, disse Edinaldo Gonçalves Cardoso, o Caíco, diretor de Fiscalização e Operação da SOPH.
Além do transporte de soja, a falta de segurança de operação no cais flutuante também vai impedir o transporte de fertilizantes que chegam em Porto Velho nas balsas que retornam vazias de Itacoatiara. A paralisação do transporte de soja, que deverá provocar sérios prejuízos para a balança comercial do Brasil, produtores de soja do noroeste do Mato Grosso e também de Rondônia e demais integrantes da cadeia de produção do grão, poderia ser evitada se tivessem sido feitos investimentos no Porto de Porto Velho, que há mais de 25 anos opera praticamente com a mesma estrutura.