É incrível o que temos visto nos últimos anos. A produção brasileira de commodities de soja e milho tem crescido vertiginosamente. Temos batido recordes de safras, e consequentemente os portos tradicionalmente utilizados para escoar os grãos brasileiros começaram a enfrentar cada vez mais gargalos e variados tipos de problemas.
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O resultado direto disso foi o custo logístico e claims que começaram a surgir pela demora no embarque de cargas. Todo um processo que aconteceu e os todos os players que trabalham no segmento de grãos começaram a analisar e buscar uma nova rota logística no Brasil para poder escoar esses grãos às nações compradoras. Essa busca foi para tentar com que o mercado brasileiro permanecesse competitivo frente aos concorrentes internacionais que produzem tanto a soja como o milho.
Vemos na última década toda uma descentralização dos portos tradicionais no escoamento de grãos e o começo de uma utilização cada vez maior dos portos que estão acima do paralelo 16º, que é o que chamamos de Arco Norte, que se tornou um ponto estratégico para o Brasil e para a forma com que escoamos nossos grãos.
Cada vez mais em voga e cada vez mais competitiva, essa nova logística, principalmente em decorrência da expansão do Canal do Panamá que permitiu, inclusive, a redução no custo do transporte marítimo para levar essa carga dos portos acima do paralelo 16º pra Ásia e pro Hemisfério Norte.
Desde 2015, os portos do Arco Norte já figuram como a segunda maior logística brasileira. Estimativas do Instituto Matogrossense de Agropecuária apontam que até 2023 o Arco Norte seráresponsável por 50% das exportações dos grãos produzidos no estado do Mato Grosso.
Faça parte do Websummit do Portogente sobre o Arco Norte para que possa acompanhar detalhes, benefícios e oportunidades que essa região tem a oferecer e entender melhor porquê o Arco Norte saiu de 8% para 34% de todo o escoamento de grãos do Brasil.
Larry Carvalho é consultor e advogado especializado no transporte marítimo para o setor portuário e sócios das empresas Promare e RC Law