Uma matéria no fim de semana na Folha, assinada por Joana Cunha, escancara um grave problema para os trabalhadores que, embora preocupante, não vinha despertando a atenção da mídia e da opinião pública.
Tem sido constante a ilação de fatos administrativos, gerenciais e de formulação, praticados por instituições públicas, com conhecidas alterações da psique humana. Esta necessidade, ou compulsão, de se fazer tal comparação talvez esteja na tentativa de se dar uma nova representação as constatações que historicamente vem permeando os múltiplos diagnósticos que recheiam os inúmeros encontros e textos que nossos setores de atuação promovem.
Em uma das mais conhecidas anedotas de Lincoln das muitas com que apimentava seus discursos, ele contava, a respeito da disputa entre dois sitiantes, que a cerca que os separava era tão retorcida que sempre que um porco se enfiava por um buraco, reaparecia do mesmo lado por onde se havia metido.
Sociólogo, diretor técnico do Dieese e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Este artigo foi publicado, originalmente, no Le Monde Diplomatique, de outubro de 2015
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