Quinta, 28 Março 2024

Gerson Mineo Sakaguti é diretor de Captação e Câmbio da SRM

Após quase quatro anos, a taxa Selic chegou à marca de um dígito no mês de julho. Ainda assim, a expectativa dos economistas é de que os cortes sigam rotineiros nos próximos meses e levem o índice, até o fim de 2017, a algo próximo de 7,5% ao ano - ou até mais baixa, dependendo a projeção. A tendência deve ser encarada de forma positiva pelo mercado e pode proporcionar ótimos rendimentos a quem souber investir de forma precisa.

Em primeiro lugar, vale apresentá-la sem “economês”: Selic significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Esse índice representa a taxa de juros seguida por bancos nos empréstimos overnight (ou seja, operações que duram apenas um dia), cujas garantias são os títulos públicos. Por isso, há quem a chame de “taxa básica”. Quem define as variações é o Copom (Comitê de Política Monetária), órgão composto por membros do Banco Central.

O índice existe desde 1996 e já chegou a ser de 45% ao ano. Em poucas oportunidades, ele esteve abaixo dos dois dígitos, o que torna o momento atual mais especial. Para que haja tendência de queda, é esperado que a economia tenha inflação controlada, como acontece no cenário de hoje após um longo período de alta. Quando o governo aumenta esse indicador básico, entende-se que as tarifas para empréstimos acompanharão esse crescimento e ficará mais caro obter crédito no país. O efeito direto é a redução do consumo, forçando uma queda dos preços no mercado com a lei da oferta e demanda.

Já quando a Selic baixa, o resultado esperado é inverso: com a segurança de que a inflação está controlada, o crédito é incentivado e, assim, o consumo encontra condições para crescer, gera empregos e movimenta o comércio. Portanto, podemos entender que o Banco Central sente confiança de que a economia, hoje, pode se desenvolver de forma sólida e o risco de uma disparada inflacionária é baixo.

Diminuir o indicador sem cautela trouxe consequências ruins para o mercado brasileiro no passado, mas hoje há um consenso de que o contexto está favorável. Sendo assim, podemos sentir otimismo de que a recessão está ficando para trás e, embora tenhamos muito entraves políticos e estruturais, os próximos meses devem ser positivos. Por outro lado, muitos investidores podem estar de certa forma descontentes: fundos com rendimentos ligados à Selic estão entre os mais populares do país (aliás, a própria poupança rende menos quando a taxa básica está menor que 8,5%).

Mas sempre há opções rentáveis, o segredo é fazer a leitura do cenário econômico e aportar o dinheiro nas aplicações corretas. Por isso, o momento é oportuno para buscar FICs (Fundos de Investimento em Cotas), que, resumidamente, são fundos que investem em cotas de outros fundos, com uma carteira bem distribuída e, assim, menos sensíveis a variações de índices como o IPCA ou a própria taxa básica de juros.

Participando de um fundo desse tipo, o investidor conta com a assistência de especialistas que acompanham as movimentações de mercado para se certificar sobre onde está a melhor rentabilidade. Essa ajuda de analistas experientes é fundamental. No entanto, é importante estudar bem em qual FIC se vai investir e analisar a sua média histórica de lucros e a solidez da instituição que o oferece.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

Deixe sua opinião! Comente!
 

 

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome