Glenn Johnson é vice-presidente Sênior da Magic Software Enterprises Americas
É sabido que, muitas vezes, os grandes sistemas ERPs não atendem a todas as necessidades de negócios das empresas porque são muito complexos e exigem muita personalização e adequações. Com a utilização de múltiplos sistemas, a maioria das organizações acaba tendo que conviver com uma realidade híbrida em seu ambiente tecnológico.
Muitas empresas optam por implementar sistemas especialistas em sua vertical, por exemplo, e podem combinar com um módulo para o administrativo de outro ERP. Também em ambiente após fusão ou incorporação entre empresas, muitas vezes o sistema ERP da empresa-mãe não é o mais adequado para a nova empresa adquirida ou para as subsidiárias. Por exemplo, uma grande empresa de distribuição de petróleo e gás em uma região ou país pode conduzir uma estratégia de coexistência através da qual os processos de negócios são totalmente integrados entre o sistema ERP em sua sede e diversas implementações de outro ERP em suas subsidiárias. Além disso, muitas empresas são atraídas por sistemas baseados em nuvem e algumas estão tentando fazer isso em menor escala antes de migrar toda a empresa para o novo ambiente.
As organizações certamente necessitam se preparar com uma estratégia de integração que considere todos os os pontos de integração entre as aplicações de gestão, CRM, Warehouse Management, PLM e ambientes de nuvem, além de considerar a mobilidade empresarial.
O objetivo é sempre ser capaz de alterar processos de forma rápida e econômica, mantendo a integridade dos sistemas, governança e conformidade. Em resumo, chegar a uma solução de ERP que seja bem dimensionada para toda a empresa com processos de negócios integrados entre os departamentos. O projeto de integração deve considerar manter as aplicações de negócios conectadas em tempo real e facilitar o fluxo livre de dados. Por exemplo, o middleware deve garantir que os dados de um CRM sejam traduzidos para um formato que qualquer sistema ERP possa interpretar e usar. Permitir que apenas a troca de dados entre sistemas aconteça não é suficiente e pode provocar retrabalho e erros.
Para tornar as soluções ERP pós-modernas eficientes e eficazes, os projetos de integração necessitam considerar as seguintes capacidades:
Suporte para Big Data. É necessário para gerenciar os enormes volumes de dados gerados, armazenados e compartilhados nos sistemas envolvidos. Com uma arquitetura In-Memory Data Grid, se um nó falhar, o sistema de gerenciamento desloca o processamento para um nó diferente, evitando qualquer perda de dados. Quando os picos de tráfego e os requisitos de processamento aumentam, o sistema de gerenciamento automaticamente recruta mais nós, adicionando escala elasticamente quando é necessário.
Amigável à Nuvem. É essencial, uma vez que vez que os ERPs atuais utilizam uma variedade de aplicações em Cloud, que são frequentemente adquiridas em contratos de curto prazo e frequentemente alternadas de um fornecedor para outro. O projeto de integração deve considerar a capacidade de lidar com várias arquiteturas de nuvem e de gerenciar dados neste ambiente altamente dinâmico.
Para qualquer dispositivo. O projeto de integração deve considerar a capacidade de comunicação entre aplicações mobile que funcionem em qualquer plataforma ou dispositivo. Isso pode ser feito partir de uma única fonte que pode manusear os dados na maneira mais natural, com base no dispositivo do usuário. Isso pode ser feito pegando a saída do fluxo de integração e, em seguida, processando-a através de uma camada de apresentação que pode alterar a aparência da aplicação, dependendo se é um smartphone, tablet ou PC.
Conexões seguras. Devem ser consideradas no início do projeto, para que a comunicação com outros bancos de dados, frameworks, aplicativos e endpoints possam garantir a integridade dos dados e aplicações. Conectores de integração certificados e homologados são altamente recomendáveis para atender a este requisito, significando que esse sistema foi aprovado e validado pelo fabricante da aplicação a ser integrada. Em muitos casos, o uso de uma solução de integração homologada significa que seus contratos de manutenção e suporte com o fornecedor serão honrados e o projeto terá as atualizações necessárias. O uso de soluções de integração não homologadas pode deixar o projeto sem suporte em caso de dificuldades.
Percebemos, então, que o tamanho e as complexidades do projeto ERP podem apresentar um risco de custos elevados e com resultados menores do que o esperado. Ter uma plataforma de integração flexível, escalável e robusta pode funcionar como mecanismo para um melhor dimensionamento do ERP e fornecer a flexibilidade e funcionalidade necessárias para aumentar as chances de sucesso do projeto.