O atacante Borges foi expulso ainda no primeiro tempo da partida contra o Universidad Católica e acabou prejudicando o time na derrota por 2 a 1, na noite desta terça-feira, no Estádio Olímpico. O vice-presidente de futebol do clube, Antônio Vicente Martins, afirmou que o jogador será cobrado se for confirmado que ele agrediu o adversário:
A Piccadilly pode ser a próxima indústria calçadista do Estado a abrir unidade produtiva na América Central. Propostas para se instalar na República Dominicana, Nicarágua ou em El Salvador, entre os destinos mais badalados na região, aportam desde março na caixa de e-mails da diretora de exportações do grupo Agrings, dono da Piccadilly, Micheline Grings Reigger, e com diferenciais imbatíveis, como baixo custo da mão de obra e isenção do imposto para despachar mercadorias a clientes situados nos Estados Unidos e no México. As regiões centro-americana e caribenha têm tradição neste tipo de manufatura.Os endereços emergentes, que já fisgaram as coirmãs Paquetá e Schmidt, com plantas desde 2010 na República Dominicana e na Nicarágua, respectivamente, viraram a solução para driblar o desempenho frustrante no resultado externo, ante um dólar cada vez mais desvalorizado frente ao real, e recuperar terreno perdido para os concorrentes chineses. No foco das brasileiras, desponta ainda a Ásia, já que a Vulcabras, dona da Azaleia, anunciou que aportará na Índia. Para a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o movimento configura a terceira onda migratória dos precursores do polo gaúcho. Entre 1950 e começo de 1980, os industriais expandiram as linhas de montagem e com elas a cultura calçadista do Vale do Sinos para o Interior do Rio Grande do Sul, como o Vale do Taquari. Na metade dos anos 1980 e até boa parte dos 1990, o Nordeste, com sua artilharia fiscal demolidora, atraiu dezenas de fabricantes, que tanto fecharam como ampliaram suas bases de produção sulinas. Segundo o diretor-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, o novo fluxo teve os primeiros sinais com parcerias ou abertura de unidades na Argentina, a partir da metade dos anos 2000, em uma reação a restrições do governo do país à entrada dos pares importados do Brasil. Ao represar licenças para o ingresso dos produtos, os vizinhos queriam mesmo pressionar para que as empresas brasileiras investissem em bases locais. Foram para lá Paquetá, Vulcabras (Azaleia), Westcoast e Piccadilly. O dirigente calcula que mais dez empresas seguirão os passos de quem já pisou na nova fronteira produtiva. “Se as primeiras que vão se dão bem, outras se encorajam”, antevê o diretor-executivo da entidade. Micheline assinala que a migração para a América Central está em análise e uma posição deve ser tomada até o segundo semestre. Propostas para ajudar na escolha são enviadas por agências de promoção dos governos, que oferecem plantas completas e até operários. “Estamos considerando a possibilidade. A intenção seria ampliar a produção, mas se não conseguirmos melhor condição cambial, podemos ter de deslocar linhas para lá”, admite a diretora, lembrando que o esforço interno da empresa para manter as vendas externas em 30% dos 8 milhões de pares anuais produzidos mesmo com câmbio desfavorável, boa parte com marca própria e que hoje chegam a 80 países, está se esgotando. “O governo precisa desonerar as exportações, senão nosso trabalho de produto com valor agregado vai por água abaixo”, previne. A executiva ainda se agarra ao que define como “orgulho de ser made in Brazil” para adiar uma solução final. Mas a recente queda do dólar para abaixo do piso de R$ 1,60, que já exigiu correção de 15% a 20% nos preços internacionais da Piccadilly, pode ter selado o destino caribenho. “Tudo dependerá da reação dos nossos clientes à tabela da nova coleção”, condiciona a diretora. A estreia na região também dará chance para recuperar terreno perdido. Em sete anos, a calçadista viu Estados Unidos e México despencarem na sua contabilidade. Os americanos estavam na segunda posição nas encomendas em 2003, e agora amargam o 36º lugar, enquanto os mexicanos saíram da terceira colocação para a 25º no mesmo período.
Foto: Rafael Cusato/ContigoNada de ternos caros, glamour ou qualquer tipo de extravagância. Francisco Scarpa Filho, mais conhecido como Chiquinho Scarpa, recebeu a equipe de Contigo! Online vestindo um uniforme da arte marcial que pratica e aprendeu a amar, o Aikido. A entrevista descontraída aconteceu entre um golpe e outro nos tatames do conceituado Instituto Maruyama de Aikido, no bairro do Caxingui, em São Paulo.
A diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (19) que as empresas notificadas por irregularidade na comprovação de conteúdo nacional nas fases exploratórias terão até maio para esclarecer esta situação. Segundo a ANP pelo menos 70 contratos auditados, num universo de 749 que estão em vigor atualmente, não tiveram comprovada a aquisição de bens nacionais dentro do que se propunham. Os contratos se referem a blocos da 5ª e 6ª rodadas de licitações, realizadas em 2003 e 2004.A Petrobras responde por 44 destes contratos. A estatal terá que arcar com uma multa de R$ 28 milhões, caso não consiga reverter o quadro e comprovar a contratação deste conteúdo nacional. Além da Petrobras, entre os contratos auditados 12 são da portuguesa Petrogal, 9 da Petrosinergy, do empresário German Efromovich, e um da Shell. Segundo especialistas do setor, a multa da Petrobras pode ser elevada para até R$ 600 milhões, caso as não-conformidades se repitam em outros contratos posteriores. A diretora não confirma esse valor.A diretora da ANP esclareceu que, passadas as auditorias da primeira à quarta rodada, quando o peso do conteúdo nacional nos leilões ainda era mínimo e não pesava no resultado do vencedor, foram percebidas "anomalias" das duas rodadas seguintes na oferta de conteúdo nacional."Se considerarmos o período entre a primeira a última rodada, há uma curva crescente. Porém, no período entre a quinta e a sexta, quando o conteúdo nacional passou a ter peso maior, houve empresa que ofereceu conteúdo de 100%, o que é impossível de ser cumprido", avaliou Magda, em entrevista à imprensa após participar de audiência pública sobre o novo contrato de concessão que será adotado a partir da 11ª Rodada, prevista para ocorrer no segundo semestre de 2011.Para minimizar o problema, a partir de 2005, ANP estabeleceu um teto máximo para a proposta de conteúdo nacional e passou a exigir a certificação. "Antes disso, nos baseávamos em notas fiscais. Mas quem dava o aval sobre a veracidade de uma nota de equipamento adquirido era concessionária. Verificamos problemas nisso e as empresas terão que comprovar a veracidade. Se isso não ocorrer, vem a multa".Para a diretora, à época muitas empresas chegaram a comentar que "o bloco mais caro é o não adquirido". "Por isso acabavam chutando um conteúdo nacional elevadíssimo para resolver o problema da multa depois. Só que agora que chega a multa e muitas se arrependem", disse.Segundo Magda, a reguladora também está cobrando da Petrobras a prestação de contas sobre investimentos de R$ 736 milhões em pesquisa e desenvolvimento que a estatal deveria ter feito. "O que pode ter ocorrido neste caso é uma falha na documentação entregue à ANP. Não sabemos ainda se ela não fez, ou se não entregou os documentos adequados", disse Magda.
A divisão dos royalties do pré-sal deve provocar um novo round no Congresso Nacional, polarizando estados produtores - Rio de Janeiro e Espírito Santo - e não produtores. Mas o embate político será bem mais complexo e vai além dessa simples classificação.Mesmo parlamentares que veriam seus estados beneficiados pela divisão equânime dos royalties podem votar contra a adoção deste critério. Muitos receiam, por exemplo, ver suas emendas prejudicadas, caso votem contra o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei dos royalties.O ex-deputado federal Ibsen Pinheiro - hoje presidente estadual do PMDB - é autor da emenda que prevê a divisão dos royalties da exploração do petróleo pelos mesmos critérios dos fundos de participação dos estados (FPE) e municípios (FPM).A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados no ano passado e depois passou no Senado, apresentada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), com a inclusão de mecanismo de compensação para evitar as perdas de receita dos estados e municípios produtores.No entanto, desde o veto de Lula, a matéria continua à espera de votação para definir qual será o desfecho sobre a polêmica distribuição dos royalties. Ibsen e os peemedebistas gaúchos querem articular uma mobilização nacional para que o veto seja apreciado o quanto antes. O tema foi debatido, ontem à tarde, no seminário Municípios e a Riqueza do Pré-Sal, promovido pela bancada do PMDB na Assembleia Legislativa.O deputado federal Alceu Moreira encaminhou um requerimento ao presidente do Senado, José Sarney (PAMDB-AP). "Sarney está sentado em cima do veto. Qualquer riqueza gerada em solo da União, que é de direito igual e comum de todos, tem que ser dividido da mesma forma", defende Moreira.A iniciativa tem o apoio de outro peemedebista gaúcho, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. A campanha pela votação do veto fará parte da agenda da XIV Marcha dos Prefeitos a Brasília, que ocorrerá de 10 a 12 de maio.Zulkoski adiantou que a entidade pretende ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para exigir que o veto seja votado. "Não vejo força no Congresso Nacional para que isso possa prosperar. Se não assumirmos o protagonismo, não vai andar. É uma vergonha o presidente do Senado se omitir e não colocar em apreciação", criticou. Os prefeitos também estão organizando um abaixo-assinado nacional.Conforme Ziulkoski, se o novo regramento sobre a divisão dos royalties entrasse em vigor, o Rio Grande do Sul passaria a receber em torno de R$ 200 milhões ao ano, em vez dos R$ 4 milhões atuais. As prefeituras gaúchas passariam de R$ 80 milhões para R$ 480 milhões ao ano.O deputado Moreira afirma que é necessário traduzir esses números à opinião pública para reforçar a importância da mobilização. "Precisamos mostrar que há mortes por falta de recursos para a saúde, que há falta de moradia por não haver recursos para habitação", exemplificou.Ziulkoski informou que a CNM está elaborando uma espécie de impostômetro para mostrar quanto os municípios estão deixando de investir em educação, saúde e gestão sem o recebimento dos royalties.O líder da bancada do PMDB na Assembleia, deputado Giovani Feltes, pretende cobrar a participação do governo Tarso Genro (PT) no movimento de pressão pela reivindicação dos royalties. "O governo não se pronuncia em nada e poderia fazê-lo com capacidade de articulação e de influência", ponderou.Sobre a dificuldade de convencimento entre os próprios parlamentares, inclusive do Rio Grande do Sul, Moreira só vê saída com a intensificação da mobilização. "Vamos encher os corredores do Congresso com esses números (das perdas para os estados sem os recursos dos royalties)." E acrescenta: "não seremos republicanos enquanto o Congresso tiver como seu combustível as emendas. Fica refém, não tem autonomia".Ibsen lembra que quando se trata de votação de veto, o voto é fechado, o que pode favorecer a sua derrubada. "Aqueles que são sensíveis ao governo poderão votar contra o governo. É possível que o veto seja rejeitado porque é do interesse dos municípios."O ex-deputado menciona ainda outro elemento a favor dos que defendem o novo regramento para a distribuição. Ibsen lembra que quando a prospecção de petróleo fracassa, todo o Brasil paga, mas quando dá certo, só dois estados ganham. "Esse sentimento pode vir no voto secreto", projeta.