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Segundo o embaixador argentino, o secretário do Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, reuniu-se ontem com os importadores de carne suína para anunciar o restabelecimento da importação da carne suína brasileira. As barreiras foram impostas a partir de 1 de fevereiro deste ano. As vendas passaram a depender de autorizações para a entrada do produto, raramente liberadas. O Rio Grande do Sul foi o Estado mais prejudicado com as restrições, devido à maior importância que a Argentina tinha para as exportações gaúchas, que eram facilitadas devido à proximidade com o país vizinho.
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), com as barreiras as vendas para importadores argentinos caíram 56,88% em volume de janeiro a abril de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, passando de 13.326 toneladas para 5.746 toneladas. Em faturamento, as exportações dos quatro primeiros meses do ano para a Argentina tiveram redução de 53,26% na mesma comparação, caindo de US$ 38,786 milhões para US$ 18,129 milhões.
No entanto, a reabertura do mercado argentino para os suínos brasileiros ainda é uma incógnita para as autoridades brasileiras e para a indústria local que trabalha com 25% a menos de sua capacidade por falta de matéria-prima brasileira. O presidente da Câmara Argentina da Indústria de Frios e Embutidos, Martín Gyldenfeldt, recebeu uma ligação telefônica do secretário Moreno para dizer que as importações de suínos tinham sido liberadas. Mas ele não teve a confirmação da aprovação de qualquer guia de importação. Sem a emissão das guias, a decisão não tem efeito prático.
Essas dúvidas também são compartilhadas pelos exportadores brasileiros. “Nossa expectativa é saber em quais condições será realizada essa reabertura”, comenta Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Produtos Suínos do Estado (Sips). Segundo o dirigente, o ideal seria o restabelecimento das condições anteriores às barreiras impostas em fevereiro. “Isso significa o atendimento da demanda normal argentina, que girava em torno de 3,6 mil toneladas por mês.”
Moreno fez dois acordos para regular o mercado de carne suína: um interno e outro com o governo do Brasil. No primeiro, o setor privado argentino se comprometeu a reduzir suas compras do Brasil em 20%, o que abriria espaço para a importação média mensal de 2,8 mil toneladas de carne e toucinho. Por esse acordo, fica proibida a importação de qualquer produto terminado (frios e embutidos).
O segundo acordo foi do próprio Moreno com o governo brasileiro, durante visita recente, ocasião em que afirmou que reabriria o mercado de suínos como “gesto de boa vontade”. Em troca, Moreno pediu a abertura brasileira para os cítricos, as uvas-passas e produtos farmacêuticos argentinos. “Em nenhum momento, ele falou de volumes. Pelo que temos visto até agora, no caso da carne não chegaria ao desejado pelo Brasil, entre 3 a 3,5 mil toneladas. Mas está tudo tão nebuloso, que não se sabe ao certo o que ele vai permitir ou não”, reconheceu a fonte diplomática.
Fonte: Jornal do Comércio
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A sociedade, formada pela argentina Corporación América e pela brasileira Infravix (do grupo Engevix), já observa o interesse de grandes empresas em aproveitar a nova infraestrutura da região.
O contrato de concessão permite o início das operações até novembro de 2014, mas a Inframérica espera cumprir o objetivo antes disso - a meta é inaugurar oficialmente o aeroporto em abril. A intenção da concessionária é aproveitar a demanda existente no Mundial de futebol, já que Natal é uma das cidades-sede. "A cidade deve receber quatro jogos, e teremos um aumento significativo de demanda por conta disso. Mesmo que não houvesse a Copa, aproveitaríamos a demanda que sobe muito no meio do ano, que é a época de férias", afirma Gérson Almada, presidente da Infravix.
A ordem de serviço foi emitida pela Anac em 18 de janeiro e abriu-se um prazo de seis meses para a apresentação do projeto básico de engenharia. O grupo privado tem pressa e pode entregá-lo até o fim deste mês. Enquanto isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia o financiamento às obras. O empréstimo deve bancar 70% dos investimentos, segundo a Inframérica. A carta consulta foi protocolada em dezembro e respostas a questionamentos do banco foram acrescentadas na semana passada.
O empreendimento deverá ser erguido em duas etapas. Ao fim da primeira, que tornará o aeroporto operacional, o investimento aplicado será de R$ 404 milhões. As obras visam atender a uma capacidade de 6,2 milhões de passageiros por ano - demanda que existirá, segundo estimativas da Infraero, apenas no ano de 2024.
O aporte dos sócios do consórcio para essa fase será de R$ 84 milhões, dos quais R$ 32,5 milhões foram integralizados em 2011 - o restante será desembolsado até o primeiro trimestre de 2014. Na segunda fase, os investimentos devem atender à previsão de demanda de 11 milhões de passageiros por ano. O investimento é de aproximadamente R$ 250 milhões, demanda esperada para 2038. Ao fim dessa fase, os investimentos totalizarão os R$ 650 milhões previstos ao longo dos 28 anos de concessão.
Segundo Almada, a ideia é fazer com que o projeto da capital federal se torne um hubby nacional - embora ele também possa vir a ser um centro de conexões internacional, mas que opere voos da América do Sul.
De acordo com Wilson Vieira, vice-presidente da Infravix, uma das principais características do projeto é a chamada reversibilidade de terminais. Quando os voos internacionais responderem pela maior parte da demanda, a área doméstica poderá ser usada. Outro trunfo do terminal é o desembarque e o embarque em dois andares diferentes - algo que hoje só se pode observar em poucos aeroportos no Brasil.
O terminal de passageiros prevê 45 balcões de check-in, dez quiosques de auto-atendimento, cinco esteiras de restituição de bagagem e pátio de aeronaves com oito pontes de embarque (fingers). Haverá mais dez posições remotas para o estacionamento dos aviões. Além desses dois andares, outros dois pisos intermediários serão configurados para abrigar áreas técnicas e escritórios, somando 40 mil metros quadrados de construção.
Almada admite, no entanto, que o aeroporto não será um destaque. "Não é algo luxuoso. Seria pretensão nossa dizer que é um dos mais modernos. Mas ele atende à necessidade da região", comenta. No aspecto arquitetônico, Almada diz que o projeto contempla as características do Estado - será usado, por exemplo, granito de jazidas locais. Uma cobertura metálica vazada promete garantir sombra e ventilação ao edifício.
O estacionamento terá 1,5 mil vagas iniciais e será ampliado em etapas, conforme a evolução da demanda. A pista de pouso será a primeira no país que nasce apta para receber o A-380, superjumbo da Airbus que é considerado o maior avião de passageiros do planeta. Com 3 mil metros de comprimento e 60 metros de largura, a pista de pouso e decolagem está sendo construída pelo Exército - sob responsabilidade da Infraero. De acordo com o presidente da estatal, Gustavo do Vale, está tudo em dia. "Vamos entregá-la até novembro de 2013."
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Benito Gama, espera a atração de mais investimentos com o aeroporto. Prefeitura e governo do Estado, segundo ele, já se mexem para providenciar o acesso viário, o fornecimento de energia e o estrutura de saneamento necessários. Uma prioridade das autoridades locais é agilizar a implantação da zona de processamento de exportação (ZPE) de Macaíba, com indústrias dos setores farmacêutico e de tecnologia, por exemplo. "Os investidores estão nos procurando para acelerar o projeto", diz Gama.
Há um obstáculo importante, no entanto, que ainda precisa ser contornado. Até hoje, 14 anos depois do início do processo de desapropriação do sítio aeroportuário, o título de posse definitiva não foi emitido pelo governo estadual. "Dos mais de 150 antigos proprietários das terras, apenas cinco não concordaram com o valor da desapropriação e a questão foi judicializada", diz o procurador-geral do Estado, Miguel Josino. O assunto foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou as indenizações com base nos valores da época, não atuais (valorizados pela exploração imobiliária).
Só um dos desapropriados pedia R$ 74 milhões. A perícia final, segundo o procurador, apontou valor de R$ 8 milhões para todos os processos. Desembolsando os recursos, o caminho fica livre para a posse definitiva. Apesar das restrições financeiras do governo, Josino espera solucionar logo a última pendência. "Queremos e vamos resolver esse assunto até o meio do ano", diz o procurador.
Fonte: Valor Econômico
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