Um conhecido estratega de Wall Street realiza há 25 anos encontros de Verão com altas personalidades para conhecer as suas opiniões sobre a economia mundial e investimento. Este ano, o pessimismo dos convidados destacou-se.
Chama-se Byron Wien, foi um famoso estratega de Wall Street e agora integra os quadros do grupo Blackstone. E tem por hábito, há já 25 anos, de reunir em encontros de Verão um grupo de indivíduos proeminentes para falarem sobre as suas perspectivas para a economia global e o investimento, conta a “CNBC”.
Este ano, o grupo que Wien reuniu, composto por 50 personalidades – onde se incluiam mais de 10 multimilionários -, mostrou-se bastante pessimista quanto a economia norte-americana, às oportunidades de investimento e à Administração Obama.
“Eles perspectivam os EUA num ambiente de crescimento lento no longo prazo, sendo o risco de recessão no curto prazo bastante real”, afirmou Wien numa nota de análise aos clientes do Blackstone, citado pela “CNBC”.
Além disso, prosseguiu, “a Administração Obama foi vista como hostil aos negócios e isso desincentiva tanto as contratações como o investimento. As empresas e os empreendedores têm-se mostrado relutantes em contratar mais colaboradores porque não sabem quais vão ser os seus custos com os cuidados de saúde ou impostos”.
O estratega, cujas previsões para cada Ano Novo, intituladas “Ten Surprises”, eram leitura obrigatória em Wall Street quando ele estava no Morgan Stanley, recusou dizer o nome dos participantes nos dois almoços de Verão deste ano, refere a “CNBC”. No entanto, sabe-se que, em reuniões anteriores, Wien juntou famosos investidores como George Soros (na foto), Julian Robertson e James Chanos. Pelo menos, foi o que o “Financial Times” apurou quando tentou saber quem esteve presente nos encontros de Verão de 2007.
Wien revela ainda que, questionados sobre onde investirão se a bolsa – especialmente o índice Standard & Poor’s 500 – não recuperar no próximo ano, os multimilionários presentes nas duas reuniões deste ano apontaram os “edifícios de escritórios vazios”, “terrenos rurais” e “África”.
Fonte: Negócios Onlne - Portugal