Terça, 04 Fevereiro 2025

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) significa uma retomada do planejamento estratégico no País e, numa crítica que aparentemente incluía o primeiro mandato do presidente Lula, afirmou que há 20 anos “o governo não estava preparado para fazer gestão nem para ter um programa nem para acelerar o crescimento”.

As declarações da ministra foram feitas durante palestra na abertura do 19º Fórum Nacional, no Rio. Para Dilma, o PAC “não é um instrumento subjetivo de avaliação como se fez nos últimos 15 anos no Brasil, mas sim um instrumento de gestão”. Ela observou também que o programa colocou o tema do desenvolvimento e do crescimento econômico no centro da agenda de discussões do País, envolvendo o governo federal, os Estados e os municípios.

Lembrando que o PAC prevê investimentos de R$ 504 bilhões em quatro anos, a ministra recapitulou a sistemática do programa, pela qual o governo federal vem a público a cada quatro meses para fazer uma avaliação do andamento de todos os projetos - 1.646 ações, das quais 912 são obras. Pela primeira avaliação, realizada na semana passada, 9,4% das iniciativas estão com atraso que ameaça sua data de entrega.

Em entrevista na saída do evento, a ministra afirmou que as soluções ambientais para os investimentos “não podem ser políticas, mas técnicas”. Ela fez a afirmação ao ser indagada sobre quando sairá a licença ambiental para projetos no Rio Madeira. “É muito importante que a gente tire da cabeça a escolha de Sofia, entre meio ambiente e energia”, acrescentou Dilma. “O governo tem claramente uma posição de entendimento correto da relação entre meio ambiente e energia. Nós precisamos de energia para crescer, mas não podemos repetir erros históricos e desastrosos em alguns empreendimentos elétricos. Dilma citou como exemplo de erro a usina da Balbina, na região Norte, dizendo que não produziu a energia necessária por causa do nível de alagamento.

Questionada sobre outras fontes de energia que poderiam ser usadas no lugar de hidrelétricas, como a nuclear, ela citou as térmicas como opção e disse que Angra 3 é uma possibilidade a ser considerada, mas que pode tomar mais do que quatro anos para ser concluída.

O ministro Guido Mantega, que também participou do evento, disse que o PAC não é um plano acabado, e que pode incluir novas iniciativas, como o recém-lançado Plano de Desenvolvimento da Educação, que vai aumentar o investimento em capital humano no Brasil.

Fonte: O Estado de S.Paulo - 15 MAI 07

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

topo oms2

Deixe sua opinião! Comente!