Domingo, 10 Novembro 2024

Dia a Dia

A safra agrícola recorde vem para as estradas e o maior porto escoador de grãos do Brasil não está totalmente pronto para recebê-la. Nessa área portuária há dois cenários, em terra sobeja capacidade de movimentação, mas no mar não tem profundidade para receber grandes graneleiros. Estava escrito nas estrelas do mar que chegam à praia que a dragagem do canal do Porto de Santos sofria de muitos problemas. A verdade, infelizmente – como Portogente divulgou em primeira mão no dia 22 último –, chega justamente num momento em que o campo brasileiro precisa de um complexo portuário forte, eficiente e eficaz. Ao invés de uma profundidade de -15 metros, o maior porto brasileiro caiu para -12,3 metros (antes de começar a dragagem eram -13 metros de profundidade). E só para lembrar, porto não é local de armazenagem de carga, mas apenas e tão somente de passagem!

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No Brasil, ainda vale o ditado popular “a corda arrebenta para o lado mais fraco”. Exemplos não faltam, mas vamos ficar com casos mais recentes denunciados pelo Portogente, como as consequências para o meio ambiente e para comunidades inteiras com o processo de expansão do Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco. O mesmo se dá com o Porto Sul, em Ilhéus, na Bahia. A Comissão Pastoral da Terra (CPT), regional daquele estado, visitou as comunidades atingidas por mais esse empreendimento e fez um relato impressionante.

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A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) saiu otimista de reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, na última terça-feira (21/01), em Brasília. Este se comprometeu a encaminhar solução para os problemas decorrentes da falta de fiscais nos portos catarinenses. Segundo os empresários do estado, a situação tem gerado atrasos no desembaraço aduaneiro e prejudicado empresas que dependem de matérias-primas que chegam pelos terminais do Estado. O ministro assegurou que vai resolver o problema.

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Em 2010, o ex-senador Demóstenes Torres – político do DEM do Estado de Goiás, acusado de participação em esquemas criminosos do bicheiro Carlinhos Cachoeira , curiosamente foi “acometido” de uma grande preocupação com assuntos portuários e marítimos. Tanto era seu “interesse” que decidiu começar desmantelando um serviço de excelência realizado nos mares brasileiros, praticagem, e apresentou o Projeto de Lei do Senado 117/2010. Na justificativa do seu projeto, uma outra curiosidade (aqui sem mera coincidência), é mencionado, textualmente, um trabalho do Centro de Estudos em Gestão Naval (CEGN): “Estudo realizado em 2008 pelo Centro de Estudos em Gestão Naval....concluiu que no Porto de Santos, por exemplo, os custos de praticagem poderiam ser reduzidos em até 54%.” Demóstenes seria logo depois, em 2012, cassado por falta de decoro parlamentar.

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2014 começou com revolta nos mares capixabas. Os portuários da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) ameaçam entrar em greve nos próximos dias 24 e 30. A categoria se levanta contra impasse com a empresa em relação a vários itens, entre eles, plano de saúde, plano de cargos, carreiras e salários (PCCS), regulamentação da Guarda Portuária e também pela salvação do instituto de previdência dos portuários, o Portus.

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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