Como a tecnologia digital permite que as empresas junte mais dados sobre o potencial consumidor, elas podem ter o poder de usar essa informação para dar diferentes preços para diversos compradores ou atrair vários fregueses para ofertas diferenciadas.
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Ruan Calos, professor da Universidade de Washigton, chama esse processo de "produção em massa de tendências", na qual as empresas utilizam os dados pessoais para explorar a vulnerabilidade das pessoas. Por exemplo, as empresas podem debilitar a força de vontade dos potenciais compradores até que eles cedam e realizem a compra.
As empresas de cartões de crédito detêm informações do perfil de seus associados relativas aos seus gostos e capacidade de compra. Com esses dados podem estabelecer ofertas de determinados produtos com preços específicos para determinados clientes em faixas definidas de poder de compra. Dados como o imposto de renda e localização geográfica da residência também alimentam os sofisticados algoritmos dos computadores que operam os gigantes Data Base.
Quem está espiando você? Muitos dos catálogos que lhe chegam em sua residência não lhe foram enviados descolados das suas características econômica e de consumo. O que antes envolvia apenas os reis e poderosos, hoje envolve a vida do cidadão comum, com capacidade de comprar.