Foto: Memória Petrobras
Em 1995, em greve dos petroleiros, governo da época ordena ocupação de refinarias pelo Exército
Como afirma a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em artigo publicado nesta semana, uma das maiores companhias petrolíferas do mundo foi colocada no centro do furacão onde se dão as eleições presidenciais brasileiras, mais precisamente no segundo turno. Segundo a entidade, "muita coisa está em jogo, inclusive conquistas e direitos da classe trabalhadora". Para a entidade filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), a sociedade brasileira está diante de dois projetos políticos opostos, que colocam em xeque os rumos do país e da Petrobras.
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Não faz muito tempo, advertem os dirigentes, a empresa estava na lista de privatizações de governos anteriores a 2003, e reclamam que tais governantes quebraram o monopólio da Petrobras, entregaram 35% de suas ações ao mercado e à Bolsa de Nova Iorque, sucatearam, fragmentaram e chegaram a privatizar parcialmente a companhia, que teve, inclusive, o nome alterado para Petrobrax.
E descrevem:
"Tudo isso aconteceu entre 1995 e 2002, período em que os trabalhadores foram violentamente atacados. O governo do PSDB ocupou as refinarias com tanques do Exército, afundou a P-36, demitiu e puniu centenas de petroleiros, arrochou o salário da categoria, tentou acabar com a livre negociação coletiva, reduziu à metade os efetivos próprios e cortou diversos direitos dos trabalhadores." E prosseguem: "A partir de 2003, a Petrobrás saiu da agenda das privatizações, começou a ser fortalecida, voltou a crescer, descobriu o pré-sal e é hoje a empresa que mais investe no Brasil. Se antes as plataformas e navios eram comprados no exterior, hoje temos um programa de nacionalização de encomendas que gera empregos e renda no país."