“Nós não falamos mais em ‘Terminal Cargill’, agora é Terminal de Grãos da Margem Esquerda. O contrato está extinto. A abertura de licitação é a melhor opção para atender ao interesse público e à lei vigente”. Essas frases foram veementemente pronunciadas pelo diretor Comercial e de Desenvolvimento da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), Carlos Kopittke, em audiência pública realizada na sede da estatal na última segunda-feira (19), em Santos. Na ocasião, foi debatido o processo licitatório para movimentação de granel sólido vegetal em área antes ocupada pela Cargill. O contrato de arrendamento da empresa venceu e até chegou a ser aditado excepcionalmente por mais três anos sem que fosse feita a licitação que motivou tal prorrogação.
Uma via de uma mão só. Assim foi a operação do Porto de Angra dos Reis (RJ) de agosto a dezembro do último ano. Nesse período de cinco meses, o porto angrense trabalhou apenas com importação, pois não foi registrado nenhum movimento no sentido de exportação. O fato agrava ainda mais a situação dos trabalhadores e da economia do município. A movimentação de Angra está em declínio desde o final da década de 1990.
Apesar de o ministro dos Portos, Pedro Brito, ter prometido agilidade na dragagem emergencial do Porto de Itajaí, nenhuma draga chegou ao porto catarinense até agora. Todos os prazos para a obra foram descumpridos e não há uma data confirmada pela Secretaria Especial de Portos (SEP) para o aprofundamento do Rio Itajaí-Açu.
Se no Porto de Santos ninguém sabe o que fazer com a Cargill, arrendatária do terminal de fertilizantes e que terá de deixar o porto no dia 31, o Porto de Imbituba (SC) se prepara para evitar complicações e articula uma licitação antecipada de seu complexo de fertilizantes. O problema principal e que exige rapidez das autoridades é que a concessão do porto à Docas local termina em dezembro de 2012.
O prefeito eleito de Itajaí (SC), Jandir Bellini (PP), confirmou à imprensa que o porto municipal terá um novo superintendente a partir de 2009. Trata-se do engenheiro civil Antonio Aires dos Santos Júnior, que comandou o porto em 2004. Ele terá a árdua tarefa de conduzir o processo de reconstrução do cais itajaiense, destruído após as chuvas de novembro.