Enquanto isso, a dívida da operadora portuária Libra Terminais com o Porto de Santos – administrada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo, Codesp – rola mais que charuto em boca de bêbado. E o assunto virou “segredo de Estado”, apesar de ser uma questão que envolve dinheiro de uma empresa de economia mista, portanto, público também.
A TV Senado, no dia 17 último, apresentou, no programa Diplomacia, uma reportagem de 14 minutos sobre os problemas cada vez mais comuns, maiores e perigosos dos cruzeiros marítimos que “cortam” a costa brasileira e cruzam oceanos. Na busca de diversão, muitos passageiros encontram pesadelos. Números apresentados no programa, de acordo com a Organização das Vítimas de Cruzeiros (OVC), dão conta que, de 1998 a 2012, foram contabilizadas 1.429 pessoas vítimas de violência sexual em todo o mundo dentro desses transatlânticos, 171 desapareceram no mar e 50 mil apresentaram algum tipo de contaminação.
Desde novembro último, está em andamento, no Tribunal de Contas da União (TCU), auditoria (cujo número do processo é 031.750/2013-3) em contrato de prestação de serviços de Segurança, Meio ambiente e Saúde (SMES) da área internacional da Petrobras. O relator é o ministro José Jorge de Vasconcelos Lima. Até o momento, informa a assessoria de comunicação do tribunal, não há decisão do tribunal, pois a fiscalização está em execução. O último histórico do processo consta do dia 17 último, quando foram juntados diversos documentos ao processo pela Secretaria de Controle Externo da Administração Indireta no Rio de Janeiro (SecexEstataisRJ).
A safra agrícola recorde vem para as estradas e o maior porto escoador de grãos do Brasil não está totalmente pronto para recebê-la. Nessa área portuária há dois cenários, em terra sobeja capacidade de movimentação, mas no mar não tem profundidade para receber grandes graneleiros. Estava escrito nas estrelas do mar que chegam à praia que a dragagem do canal do Porto de Santos sofria de muitos problemas. A verdade, infelizmente – como Portogente divulgou em primeira mão no dia 22 último –, chega justamente num momento em que o campo brasileiro precisa de um complexo portuário forte, eficiente e eficaz. Ao invés de uma profundidade de -15 metros, o maior porto brasileiro caiu para -12,3 metros (antes de começar a dragagem eram -13 metros de profundidade). E só para lembrar, porto não é local de armazenagem de carga, mas apenas e tão somente de passagem!
No Brasil, ainda vale o ditado popular “a corda arrebenta para o lado mais fraco”. Exemplos não faltam, mas vamos ficar com casos mais recentes denunciados pelo Portogente, como as consequências para o meio ambiente e para comunidades inteiras com o processo de expansão do Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco. O mesmo se dá com o Porto Sul, em Ilhéus, na Bahia. A Comissão Pastoral da Terra (CPT), regional daquele estado, visitou as comunidades atingidas por mais esse empreendimento e fez um relato impressionante.