É flagrantemente óbvia a direção que vem tomando o caso Petrobras, por conta da Operação Lava-Jato: vai ser o maior efeito demolidor de uma empresa pública na história do Brasil. Mas, baseado no pensamento do já falecido americano rei do petróleo Paul Getty, para quem os três melhores negócios do mundo eram a exploração de petróleo mal, razoavelmente e bem administrada, pode-se afirmar: o que restar cai em pé. Regra que se aplica à brasileira gigante do petróleo.
É definitiva a cultura da sustentabilidade; ela não tem volta. Para um Planeta com uma população prevista de 7 bilhões de terráqueos dentro de três anos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), energia não poluente e abundante é o desafio do nosso século.
Não partiu do mundo empresarial do sistema portuário a advertência para o risco de ocorrências de congestionamentos durante o próximo período de escoamento das safras agrícolas pelo Porto de Santos, mas do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele chamou a atenção do governo federal para essa possibilidade, especialmente de março a maio. Ainda de acordo com o tribunal, o risco é grande não só porque as obras previstas pelo Ministério dos Transportes para o Corredor Centro-Sudeste estão atrasadas como são más as condições das rodovias, ferrovias e hidrovias que dão acesso ao porto santista.
O mundo portuário tupiniquim vem reclamando que, um ano e meio depois da promulgação da lei dos portos (12.815/13), o governo federal ainda não conseguiu licitar os 11 terminais previstos para o Porto de Santos, no litoral paulista. O processo encontra-se em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) há mais de um ano, sem previsão de solução em curto prazo. O tribunal não estaria satisfeito com a qualidade dos estudos que a Secretaria de Portos (SEP) apresentou para justificar os arrendamentos das instalações portuárias no local.
Milton Lourenço, presidente da Fiorde Logística Internacional, está pessimista quanto ao futuro das exportações brasileiras. Segundo ele, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ainda não divulgou os números de 2014, mas quem trabalha no ramo sabe que o processo de concentração das exportações brasileiras em poucos atores intensificou-se em 2014, seguindo um ritmo que já foi considerável em 2013, quando 1,3% das empresas tornaram-se responsáveis por 79% dos US$ 242 bilhões obtidos com vendas ao exterior. “Os dados mais recentes indicam que, nos últimos sete anos, mais de duas mil empresas abandonaram a atividade exportadora no Brasil: em 2007, 20,8 mil empresas exportaram, número que caiu para 18,8 mil em 2013.”