Nesta terça-feira (26/5), a Universidade Católica de Santos, UniSantos, realiza o seminário preparatório do IX Conferência de Engenharia Costeira e Portuária em Países em Desenvolvimento (Pianc/Copedec 2016). Organizado pela Associação Mundial para Infraestrutura do Transporte Aquaviário (Pianc), em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que vai ocorrer em outubro de 2016 no Rio de Janeiro, onde já ocorreu também em 1995. Coincidência ou não, acontece no momento em que o governo Dilma sinaliza para a atração de investidores em infraestrutura para o setor.
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Por que o óbvio não acontece?
O Pianc é o fórum onde os profissionais de todo o mundo se unem para fornecer consultoria especializada em infraestruturas de custo eficaz, confiável e sustentável para facilitar o crescimento do transporte aquático. O Copedec-2016 será uma oportunidade ímpar para a inteligência brasileira voltada à engenharia costeira e portuária estar reunida com pares de diversas partes do mundo para discutir projetos e soluções. Há muito o Portogente vem enfatizando as perdas que ocorrem no negócio portuário, por falta de projetos adequados e de gestão.
Portos são fomentadores do desenvolvimento econômico e são fundamentais para o sucesso do ajuste fiscal. Portos não são apenas facilitadores do comércio, e são também importantes instituições econômicas em si. Eles empregam diretamente centenas ou milhares de trabalhadores, pagam taxas para os municípios e, via multiplicação de efeitos, eles são importantes para a economia local. Ao reunir pesquisadores, acadêmicos, consultores, profissionais e gestores ligados às áreas de transporte aquaviário, costeiro, e interior, multimodalidade e dragagem o encontro promove troca de sinergia e experiência. Esse ambiente saturado de conhecimento e experiência será uma ocasião propícia para crítica da abordagem fracassada para as políticas da navegação interior que retarda os resultados possíveis e urgentes para agilizar a logística interior e em escala ligada aos portos, por conta das decisões centralizadas em Brasília.
A participação do Brasil no cenário global se destaca por sua riqueza de recursos minerais que estão se tornando escassos ao longo do mundo. São produtos de baixo valor agregado e comercializados em grandes escalas, como demonstram os gigantes navios graneleiros da Vale que navegam para a China. Da área de produção até chegar ao porto, a carga de minério depende de infraestrutura eficiente para garantir preço competitivo no mercado mundial. Do mesmo modo que se percebe a agilidade cada vez maior das transações nos negócios, as resistências no fluxo dos transportes devem ser superadas com investimentos em infraestrutura e implantadas seguindo projetos de soluções avançadas, construída com boas técnicas e cumprindo cronogramas reais e rígidos. A troca de informação dos congressos colaboram para desenvolver competências.