O debate sobre o setor portuário vem envolvendo empresários, principalmente, os trabalhadores em menor escala, o próprio governo federal, por intermédio da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), todavia nada se ouve das próprias Autoridades Portuárias sobre qual o modelo de dragagem mais apropriado aos portos nacionais e até mesmo sobre a gestão portuária. Hoje temos 42 portos públicos, entre administrações federais, estaduais e municipais. Em contato com Portogente, a assessoria de imprensa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) disse que não se pronunciará a respeito da dragagem por se tratar de um assunto do Estado do Paraná. Uma pena.
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Reflexão sobre gestão de portos
Qual o modelo de Autoridade Portuária mais adequados aos portos públicos?
Além da dragagem, tema de suma importância para a competitividade do setor no comércio mundial, se destaca a relevância do modelo de Autoridade Portuária, o corpo diretivo do porto, a própria gestão portuária no sentido mais amplo e estratégico. Hoje vemos algumas diretorias indicadas pela SEP tornarem-se apenas uma "rainha da Inglaterra", sem protagonismo competente e eficiente. Praticamente os portos "navegam" sozinhos pela propulsão dos motores privados, com perdas de oportunidades para alavancar o negócio do porto, por conta do desalinhamento de objetivos, que inexoravelmente é provocado pela gestão centralizada.
Ante essa preocupante realidade que prejudica sobremaneira as iniciativas de ajuste da economia, e para acrescentar luz ao entendimento tanto da dragagem e principalmente do modelo de Autoridade Portuária que convém aos portos brasileiros, Portogente vem promovendo o debate necessário para o entendimento das coisas e das ações urgentes. Indubitavelmente, cabe à sociedade saber suas necessidades e o que ela precisa construir.