O mundo dos robôs que se conhece na ficção científica agora está se tornando realidade. Essa realidade que maravilha, também anuncia uma ameaça ao mercado de trabalho.
No laboratório de engenharia da Universidade da Califórnia, Bekerly, nos Estados Unidos, robôs estão sendo treinados para realizar atividades como rosquear uma tampa de garrafa, com o requinte de realizar uma suave rotação contrária para ajustar a rosca antes de virar a tampa no sentido de fechamento.
Foto: Peter Earl McCollough for The New York Times
Tantas outras atividades - incluindo colocar um cabide de roupas em uma haste , a inserção de um bloco em um espaço apertado e colocar um martelo no ângulo correto para remover um prego de um bloco de madeira - pode parecer como ações à-toa. Mas elas representam avanços significativos na aprendizagem robótica e fazem parte de um programa para treinar uma máquina com dois braços para reproduzir a destreza humana e desenvolver velocidade na execução dessas tarefas.
O significado desse projeto está no uso de uma chamada abordagem de aprendizado de máquina que liga várias técnicas de software poderosas que tornam possível o robô aprender novas tarefas rapidamente com uma quantidade relativamente pequena de treinamento.
Trata-se de uma nova abordagem que inclui uma poderosa técnica de inteligência artificial conhecida como "aprendizagem profunda", utilizada em visão computacional e reconhecimento de fala, e agora está sendo utilizada para melhorar as ações de robôs de trabalho, em tarefas que requerem visão de máquina e toque. A tecnologia avança em ritmo acelerado na consolidação da era da automação.
Parece estar próximo o dia em que iremos competir com um robô no mercado de trabalho.
Essa realidade divide, mas não tanto, a opinião de economistas que analisam essa ameaça dos robôs aos empregos. Alguns temem a ameaça, e outros não acreditam que isso ocorra até o final deste século. No fundo, os dois grupo convergem na opinião de que o modelo atual do trabalho executado por humanos está caminhando para o fim.