Na era da robótica, conversas e filmes sobre os robôs tornam-se cada vez mais frequentes. Nessa atmosfera é inevitável a pergunta se é possível a ciência desenvolver robô sensível e que tente destruir a humanidade, como acontece nas películas de ficção científica.
Com o roteiro científico se aproximando da realidade e da inteligência, a comunidade científica especializada em robótica enfrenta uma questão importante: eles devem apoiar ou opor-se ao desenvolvimento de robôs autônomos e mortais? Tecnologicamente falando, chegou-se a um ponto em que essa realidade é – praticamente, se não legalmente – viável em poucos anos, e não décadas.
Sobre isso, Stuart Russell, cientista de computação e inteligência artificial (AI) e pesquisador da Universidade da California, em Berkeley (EUA), escreveu em um comentário publicado esta semana (27/5) na revista Nature: “Estas armas foram descritas como a terceira revolução na guerra, depois da pólvora e armas nucleares."
Há muita controvérsia entre a possibilidade de um robô ser capaz ou não de distinguir entre soldados inimigos e civis e, assim, matar ou ferir acidentalmente pessoas inocentes. Mas o desenvolvimento de minúsculos robôs que são capazes de matar pessoas não é fácil, mas é factível. "Com 1 grama de carga de alto explosivo, você pode abrir um buraco na cabeça de alguém com um robô do tamanho de um inseto", disse Russell. Enquanto se aguarda a geração do futuro robô, já existem algumas máquinas bastante bizzarras que já anunciam esse porvir, como a cobra robótica que pode deslizar ou nadar.