O presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço, defende uma política melhor para ajudar os exportadores brasileiros, fato que poderia ajudar, argumenta o empresário, os números da balança comercial do País que, no primeiro semestre, mostram que o desempenho positivo que se registrou foi impulsionado mais pela queda nas importações do que por um aumento nas exportações. “Na verdade, as exportações, ainda que embaladas por um câmbio favorável, com a desvalorização do real diante do dólar, continuam em queda”, observa.
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Concessões portuárias à vista
Para ele, além de câmbio favorável, é preciso que o anunciado Plano Nacional de Exportações inclua incentivos fiscais, com o corte de um número excessivo de impostos e o aperfeiçoamento do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), medidas que podem fomentar as vendas externas. E conclama: “Ao mesmo tempo, é preciso aumentar os investimentos públicos e privados em infraestrutura portuária, viária e ferroviária a fim de facilitar o escoamento da produção.”
Além de pedir, ele mostra que as coisas mudam quando o Brasil investe em infraestrutura: “Uma simples melhora na capacidade de escoamento nos últimos tempos estimulou o crescimento da exportação de soja e carne de frangoin naturaem junho. E essa tendência poderia ter sido mais acentuada se a BR-163 no território paraense já estivesse completamente asfaltada e duplicada, facilitando o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste em direção ao Norte.”
Tudo isso, defende Lourenço, deve ser acompanhado por uma política externa mais agressiva, com o estabelecimento de maior número de parcerias comerciais. Ele torce para que o País tenha mais entendimentos comerciais com os Estados Unidos, assim como é alvissareira a perspectiva de acordo de livre-comércio com a Suíça, país com o qual o Brasil registrou um déficit de US$ 461 milhões em 2014.
Brasil, mostra a tua cara para o mundo!