Os dois tipos de equações existentes em matemática demonstram que o processo de dragagem dos portos brasileiros é ineficiente tanto para viabilizar como para ser pré-requisito para o negócio portuário. Primeiro, as relações entre os custos desses serviços não têm base lógica. E, segundo, não fornece informação da “perenidade das soluções”, fator indispensável a ser resolvida para tornar a profundidade adequada à navegação na condição ideal.
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Dragagem do Porto de Santos: uma longa história
O último pregão realizado pela SEP em agosto de 2014, para dragagem do Porto de Santos, resultou vazio, porque o menor valor apresentado para uma dragagem de 36 meses era de R$ 480 milhões, valor esse considerado acima do valor máximo estabelecido para o certame. Isto é, um custo de R$160 milhões/ano.
Passados sete meses, novo pregão será realizado dentro de 11 dias, para o mesmo trecho, em um prazo de 17 meses e no valor máximo de R$ 378,5 milhões, ou seja, R$ 267,18 milhões. Isto é, não se implantou um serviço de dragagem de mais longo prazo e 1,67 vezes mais barato do que ora se propõe.
Isso significou o atraso na implantação de profundidades mais produtivas, tão urgentes para a economia nacional e ao desenvolvimento do negócio do porto, com reflexo negativo no comércio exterior e ao próprio erário. O comércio não suporta tanto desaforo. Mas o Poder Público...
Novas profundidades
A engenharia de dragagem portuária tem como objetivo conjugar conhecimentos especializados, para prover acesso seguro e econômico ao porto à navegação. Do mesmo modo que o mundo mudou, para se atrair aos portos navios cada vez maiores também se faz necessário o estabelecimento das profundidades adequadas dos canais e dos berços de atracação. Além disso, economia, confiabilidade, presteza e continuidade são fatores imprescindíveis como vantagem competitiva do porto.