Sexta, 03 Mai 2024

Não partiu do mundo empresarial do sistema portuário a advertência para o risco de ocorrências de congestionamentos durante o próximo período de escoamento das safras agrícolas pelo Porto de Santos, mas do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele chamou a atenção do governo federal para essa possibilidade, especialmente de março a maio. Ainda de acordo com o tribunal, o risco é grande não só porque as obras previstas pelo Ministério dos Transportes para o Corredor Centro-Sudeste estão atrasadas como são más as condições das rodovias, ferrovias e hidrovias que dão acesso ao porto santista.

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O empresário Milton Lourenço lembra que, no ano passado, depois do caos viário que se verificou em 2013, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) implantou um esquema que barrou a chegada descontrolada de veículos pesados às cidades da Baixada Santista. Tal atitude foi tomada depois que um plano de ação foi baixado pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dos Transportes e Secretaria de Portos (SEP), com isso, os terminais estabeleceram horários para a chegada dos caminhões, depois de parada obrigatória em pátios reguladores. Em caso de atrasos ou adiantamentos, os terminais tiveram de arcar com multas impostas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Lourenço, todavia, diz que as obras para rotas alternativas para o Norte, especialmente a pavimentação do trecho final da BR-163, de Cuiabá-MT a Santarém-PA, prosseguem em ritmo lento, com interdição de meia pista, no esquema “Pare e Siga”. Sem contar que boa parte do trecho ainda é feita em terra batida, que vira um lamaçal no período de chuvas. Além disso, prossegue, a capacidade do modal ferroviário no Corredor Centro-Sudeste, concentrado praticamente na antiga Ferronorte, hoje ALL Malha Norte, não cresceu de modo significativo, representando apenas 4,3% da movimentação nacional. Para piorar, a navegação na hidrovia Tietê-Paraná esteve interrompida de maio a novembro por causa do volume insuficiente de água e só agora começa a ser restabelecida.

“Isso significa que a rota rodoviária, cujo custo de transporte é 40% superior ao da hidrovia, deverá ser ainda mais procurada em 2015, agravando o problema da fila de caminhões em direção ao Porto de Santos, o que, com certeza, trará prejuízos a todos os demais segmentos que precisam se utilizar das operações no complexo portuário.”

Está aí um bom começo de trabalho integrado entre a SEP e o Ministério dos Transportes. Logística sem gargalo começa com a interface permanente desses dois órgãos governamentais, principalmente.

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