Sexta, 26 Abril 2024

A indústria automobilística mundial se encontra em apuros. As principais montadoras do planeta correm atrás de financiamentos e de dinheiro público para pagar suas contas. As pequenas, coitadas, tentam encontrar forças para respirar enquanto as fortes águas da crise econômica as afogam em dívidas. Entretanto, é preciso lembrar que grande parte da culpa por esta situação é das próprias montadoras, que se planejaram porcamente para a realidade de uma sociedade que já não precisa e não pode adquirir tantos carros zero quilômetros.

 

Não é possível que os principais executivos de empresas do porte de General Motors e Chrysler não tenham constatado que, em determinado momento, a demanda por veículos diminuiria nos principais mercados do mundo. O resultado da incessante produção, sem pé nem cabeça, é o que foi veiculado pela BBC Brasil na última quarta-feira (4). O noticiário dá conta de que a Toyota alugou um navio de carga no Porto de Malmoe, na Suécia, com o intuito de transformar a embarcação em um depósito de automóveis não vendidos por conta da queda nas vendas.

A montadora japonesa culpa a crise econômica e a instabilidade do mercado pelo fato de 30 mil carros de diversas marcas estarem parados somente no porto sueco, incluindo os veículos armazenados no cargueiro. Um grande passivo para as operações em Malmoe e em outros portos que servem de verdadeiro depósito para as possantes máquinas automobilísticas.

 

A resposta destas empresas para a crise é demitir milhares de funcionários e pressionar as autoridades governamentais a destinar dinheiros para essa indústria mal gerida nos últimos anos. É fácil notar que toda a produção recente de veículos foi voltada para automóveis que muito consomem, em um desperdício de combustível, espaço, borracha e de outros equipamentos. O que essas grandes montadoras precisam fazer agora é rever conceitos e produzir veículos de acordo com a necessidade dos mercados que atingem. Precisam pensar no consumidor final. Talvez recolher os veículos antigos para incentivar a compra de novos que possam circular de forma sustentável pelas já congestionadas ruas das grandes cidades.

 Caso contrário, mais veículos ocuparão os preciosos espaços de terminais e retroáreas em portos de todo mundo, prejudicando a logística de movimentação de cargas; e mais trabalhadores ficarão sem seus empregos pelo caminho. Sem dúvida, os executivos dessas grandes empresas se deparam com uma nova ordem mundial e para serem bem sucedidos e não prejudicar a economia mundial precisam ser sensíveis à realidade e evitar grandes falhas de planejamento.

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