O transporte de cargas criou uma economia global em que mais gente vive com mais conforto do que em qualquer outra época da história.
Promover debate à semelhança de um plano diretor (master plan) portuário, como propõe o projeto “Porto de Santos-2060”, do Portogente, possibilita a compreensão de prioridades e questões importantes à produtividade. Das características da região à análise estratégica dos potenciais da estrutura portuária, na alavancagem do progresso na área de influência do porto, há um volume e qualidade de dados que permitem destacar o perfil do porto e, assim, contribuir para um plano robusto de investimentos e expansões.
Porto de Yangshan, China, de águas profundas.
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No ambiente portuário, de tantas demandas a serem atendidas e muitos interesses comerciais conflitantes, nada ameaça tanto a competitividade do Porto de Santos quanto a sua profundidade insuficiente para receber os grandes navios (big ships). É oportuno para dimensionar esse desafio, lembrar o recente e frustrado projeto Santos17, com o propósito de aprofundar a 17 metros o canal de acesso aos terminais do porto e elevar esse complexo portuário à categoria de porto concentrador (hub port) relevante.
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Estabelecer profundidade do canal para maior produtividade e barateamento do seu custo operacional, tem sido um objetivo sem meta nem estratégia, por isto e comparado com a administração Guinle, tira a credibilidade do modelo estatal, que não é, necessariamente, incompetente. Levando em conta os impactos da solução Santos17, o porto de águas profundas é a melhor solução sob a ótica construtiva e ambiental, portanto, hoje amplamente utilizada mundialmente.
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O que se espera, preliminarmente, da autoridade portuária sobre a produtividade do Porto de Santos é uma exposição clara da sua política para receber os grandes navios (big ships). E, também, qual a perspectiva e ações mitigadoras dos impactos pelo corredor bioceânico, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico? De pronto, as perdas derivadas da transição da exportação dos produtos agrícolas para a China por transporte ferroviário, até a costa do Chile, a partir de 2024.
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Construir o perfil do principal porto do hemisfério sul para competir no cenário físico, social e digital (figital) é uma missão complexa e relevante. Sem a qual não é possível construir estratégias ágeis e aprimoradas, que correspondam às demandas competitivas e sofisticadas. Considerando, também, as numerosas interfaces urbanas, diversas no aspecto ambiental e social, principalmente as tantas marcadas por soluções portuárias de baixa qualidade.
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Os resultados, que incorporam os diferenciais de uma gestão do Porto de Santos, devem evoluir e mudar. Entretanto, o seu valor deve ser medido pelo ambiente presente e não pelo passado.
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