É importante que a autoridade portuária identifique a competição entre portos.
As cenas do golpismo intentado contra a sede do governo do Brasil e abatido, neste início de semana, pela competência dos poderes da República e mobilização cívica, esboçam uma estruturação e consciência nacionalmente comprometidas com a democracia e certeza do caminho a seguir, expresso legitimamente nas urnas. A solidariedade prestada ao presidente Lula, por líderes mundiais, confirma a sua percepção do mundo e consolida o seu importante papel no novo cenário das relações bilaterais. Apoiado majoritariamente por governadores, entre os quais o de São Paulo, o pujante estado brasileiro, une esforços para enfrentar os reais problemas do País.
Atualmente, o comércio marítimo vive uma perspectiva de demanda da carga cada vez mais pessimista. Como consequência, interrompe os pedidos de novos contêineres, os alugados são devolvidos; aumenta a demanda de armazenagem desses equipamentos vazios que sobrecarregam os depósitos. Um cenário bem adverso da realidade do setor, até há pouco tempo. A causa é a crise econômica, que reflete na indústria naval e diminui a sua produção. Uma transição de cenários: de um presente sustentado pelo passado que adentra um futuro de muitas incertezas e tantos desafios.
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* A Amazônia como produto Caviar
Decerto essa crise está atravessando os mares e deve ser devidamente tratada, acalmada e superada, no âmbito do nosso território, com a conjugação dos quatro elementos do progresso: trabalho, capital, recursos e inovação. Produtividade dos portos, impulsionada por novas tecnologias e qualidade dos seus gestores, é fator essencial para o sucesso do comércio internacional. As logísticas globais, daqui para frente, terão uma agilidade competitiva centrada na inovação. As políticas comerciais do governo Lula, como anunciado, irão buscar o acesso aos mercados abertos em todos os países. Para serem eficazes, elas não podem ser meros instrumentos de influência e interesses políticos, sem alinhamento com a produtividade das logísticas e prosperidade nacional.
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* Porto de Santos com força política no Congresso
Como foi determinado na primeira reunião ministerial, o presidente Lula quer ritmo acelerado de seus ministérios. E isto deve ser cobrado dos portos. Para tanto, é essencial descentralizar de Brasília a tomada de decisões gestoras dos portos. Desta forma, terá flexibilidade adequada, alinhada à realidade da sua comunidade. Independente se a administração seja pública ou privada. A começar pela diretoria do porto ter a anuência do Conselho de Autoridade Portuária, ainda que de modo consultivo. Os fatores determinantes têm a ver com os incentivos que movimentam os que estão dentro do sistema.
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* COP 27 é o palco correto para o empreendedorismo brasileiro
O Novo Ano estimula a conquista do sucesso e no Brasil inicia um novo governo, com total mudança de rumo. No Porto de Santos não pode haver mais tolerância aos erros, sob risco de comprometer o seu futuro. Tem uma comunidade com excelentes competências do negócio portuário. A questão a ser resolvida é a meta a ser atingida. Isto é um debate intenso e estruturado, com objetividade e aberto na Web. De pronto, a já muito atrasada privatização do canal de acesso ao porto. Proposta, esta, bem demonstrada pelo Engº Luiz Alberto Costa Franco, que chefiou e estudou esse assunto, com competência e paixão, por quatro décadas.
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* Porto de Santos: desestatização X gestão tripartite
Privatizar o canal de acesso ao Porto de Santos será um brilhante início da gestão do ministro de Portos e de Aeroportos, Márcio França. Oportuno refletir David Osborn, “o governo pertence à comunidade: ao transferir o poder de decisão, dá responsabilidade aos cidadãos em vez de servi-los”.
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