A capacidade de um terminal deve ser baseada nos padrões de embarque e desembarque de navios
Entre tantas perguntas que precisam ser respondidas para entender a razão da baixa produtividade de setores importantes para a soberania do Brasil, é se o Tribunal de Contas da União – TCU tem competência efetiva para decidir a renovação do contrato do terminal da Marimex no Porto de Santos, considerando o seu papel logístico. Tratando-se da ocupação de uma área que atravanca a expansão do principal porto do País.
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Ao que parece, o relator, ministro Vital do Rego, detém muitos conhecimentos em áreas bem distintas da logística portuária, em especial da do Porto de Santos. Tampouco o resultado de 5X3 é suficiente para ser eficaz, sobre o que julga. Entretanto, o que está em jogo é a expansão do complexo portuário de Santos. Ainda que isto inclua a construção de um polêmico terminal de fertilizante, refere-se a uma decisão estratégica da Autoridade Portuária.
Artigo | Frederico Bussinger
* Marimex como um “case”
Decerto, o terminal da Marimex atrapalha o desenvolvimento da rede de transporte interno, como a pedra no caminho do poema do Drumond, e não deixa o porto seguir o seu destino, para crescer, movimentar mais e baixar custos. E colabora para um cenário de um porto sem visão nem projeto do seu papel no futuro. Enquanto há fatos enigmáticos, que o TCU deveria e não explica bem, mas ficam insepultos nos dias de hoje, da Internet e da governança.
Editorial | Portogente
* Uma reforma portuária como um voo de águia
Foi o caso de uma misteriosa isenção de 12,5 milhões de outorga de uma área para a mesma Marimex, e cujo negócio aparenta não ter potência para tamanho investimento e dar produtividade ao capital. E, ao que se assiste, não foram tomadas as providências para aperfeiçoar a administração pública em benefício da sociedade, envolvendo a mesma empresa. Com reflexos na competitividade do porto que é estimulada por parâmetros rígidos.
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Portanto, o debate do caso Marimex no Porto de Santos deve ser norteado por fatores como: velocidade, conectividade, previsibilidade, frequência, segurança e conveniência. Para dar eficácia a este processo, acrescentar o imperativo e vigoroso diálogo entre a Autoridade Portuária e a comunidade do porto. Desse modo, os resultados serão bem melhores.