Não existe escola econômica que assegure prosperidade a um país da dimensão e da conjuntura do Brasil, sem portos com produtividade
Desde o século seguinte ao que o Cabral descobriu o Brasil, este ano é a primeira vez que não acontece carnaval em Recife, onde ele teve origem. A tragédia mundial da pandemia persiste, desafiando a ciência. Há muitas incertezas. O programa de vacinação acelera, mas não se percebe quando a vida normal retornará.
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Não menos incerto está o programa de desestatização dos protos brasileiros. Portos, desde os fenícios, 1.200 A.C., são um tema desafiador; não é para amador nem visões rasas. O Brasil, entretanto, tem competência técnica para fazer a reforma necessária, que responda às exigências do novo comércio internacional. Porém, tem escassez de tempo para fazer, sem margem para erro, o que precisa ser feito: gerar eficiência portuária.
Decerto, o exportador e importador brasileiros, por questões econômicas e infraestrutura financeira, para competirem com a agilidade do mercado globalizado, necessitam de portos que garantam produtividade do seu justo capital. Ao contrário de ser um caso de polícia federal prender os diretores da autoridade portuária, como aconteceu faz pouco tempo, no Porto de Santos, o principal porto do País e utilizado como curral político.
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A eleição do Congresso foi uma vitória de Pirro, de alto preço; uma batalha que ainda continua a ser jogada. Uma continuação de negociações políticas, que são realizadas no clima de uma acirrada campanha eleitoral. Num cenário de animosidade, de um jogo de probabilidades e oportunidades. Diante tantas incertezas, a reforma portuária precisa ser uma proposta robusta e densa, para conseguir avançar e concretizar uma nova abertura dos portos do Brasil ao progresso do mundo. E para não perder o navio da história.
Editorial
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Somente um modelo de Porto que assegure a produtividade do capital de uma economia transnacional poderá sonhar com alcançar o patamar dos portos asiáticos, prometido pelo candidato a presidente Jair Bolsonaro. Daí os grandes portos mundiais pensarem de forma dinâmica, como na fusão em curso dos belgas Antuérpia e Zeebrudgge, para se tornarem o segundo maior porto da Europa.