É alvissareira a declaração do secretário Diogo Piloni de que o maior porto brasileiro está próximo de obter sua autonomia.
Na engenharia militar, ao se planejar a travessia de um rio, primeiro providencia-se a passagem dos soldados; em seguida, constrói-se a ponte para passar os carros de combate. Essa estratégia milenar para dar velocidade ao deslocamento de tropas, pode ser usada como paralelo para interpretar o anúncio do Secretário Nacional de Portos, Diogo Piloni, de que “o Porto de Santos está próximo de obter maior autonomia”. Cabeça de ponte da reforma portuária.
Editor | Portogente
* Por que não landlord port?
Como passagem de produtos e pessoas, os portos promovem inúmeros reflexos econômicos e sociais. São fundamentais para o desenvolvimento de um País. A economia aberta inclui interações entre comércio, produto, emprego e envolve importações e exportações. Nesse contexto, as tecnologias modernas oferecem enormes possibilidades para uma base lucrativa aos ramos de atividade que funcionam dentro e fora dos portos ágeis.
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* Arco Norte
Por isso, o modelo de gestão do porto precisa ser um conceito integrado com o futuro, alinhado aos objetivos do seu negócio e aos propósitos da sua comunidade. Só assim conseguirá fomentar desenvolvimento e garantir manutenção da infraestrutura portuária, para atender, satisfatoriamente, às demandas do mercado e atrair investimentos. Daí a importância do porto ter uma posição exclusiva e valiosa, inerente à decisão descentralizada.
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* Seminário debate cenário da ferrovia no Brasil e no mundo
A descentralização é uma posição positiva do governo Bolsonaro. Há, também, avanço no entendimento do modelo landlord port, como opção adequada para perseguir as metas audaciosas para o setor portuário, compromisso de campanha eleitoral. Está na hora, portanto, das associações de classe na atividade portuária, com experiência de duas reformas antagônicas, de 1993 e 2013, debater essa nova Abertura dos Portos.
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* Nova abertura dos portos brasileiros
A travessia anunciada pelo Secretário de Portos, para delegar competência ao Porto de Santos é muito bem-vinda. Um gesto que poderá ser um marco de um novo comércio marítimo compatível com as novas tecnologias. Uma notícia que convoca o Brasil a conquistar o seu futuro.