No comércio marítimo existem inúmeros gargalos que não são causados direta ou indiretamente pelos portos e seus terminais.
Acertadamente o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, tem buscado investimentos e aquecido os arrendamentos de áreas de portos, necessários para dar vigor ao negócio portuário. Entretanto, o planejamento e as estratégias para otimizar a produtividade, através da reforma do modelo de Autoridade Portuária, parecem guardados a sete chaves.
Foto: Arquivo Portogente | Alex Almeida.
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Será que a privatização dos portos, a exemplo do que ocorreu no final do Século XIX, teria prosperado, como aconteceu no Porto de Santos (SP), se tivessem sido privatizados os seus terminais portuários? Preocupa que a solução proposta de privatizar a Autoridade Portuária será um novo e enorme problema. Por que não se procede gradativamente na descentralização da gestão para promover mais transparência e articulação? Assim, possibilitará criar valor por meio de um propósito claramente definido e apoiado com firmeza por um conjunto de forças convergentes.
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