Qualquer proposta do futuro ministro da Infraestrutura (ou dos Transportes), Tarcísio Gomes de Freitas, para a urgente melhora da produtividade dos portos do Brasil deve tratar prioritariamente da descentralização das suas administrações. Do contrário, sua gestão não promoverá os avanços que o País pode realizar e tanto precisa. Portogente entende que vivemos um Brasil exigente de um debate necessário à inteligência da sua realidade portuária. De um país de quase 8.000 quilômetros de costa e que tem um desequilíbrio modal de trasportes muito desfavorável ao seu desenvolvimento com sustentabilidade. Para isso, vai reunir opiniões das diversas regiões nacionais e competências sobre as ações necessárias à legitimação de um novo projeto portuário brasileiro.
Uma análise rasa da conjuntura das administrações centralizadas dos portos nacionais já é suficiente para se perceber a grave desgovernança que permeia o sistema portuário. O resultado é um descompasso ao se tratar peculiaridades estruturais com demandas logísticas para se alcançar metas. Uma boa pergunta é: Por que apenas raros e inexpressivos portos do mundo têm sua administração centralizada e alinhadas prioritariamente aos interesses políticos partidários?
Leia também
* Cura para os portos brasileiros
* Bolsonaro frente a uma nova abertura dos portos
Há muito os portos chineses são os quatro, e os seis entre dez, maiores do mundo em movimentação de contêineres ao redor do mundo. Esse desempenho se transformou também em caminhos da China para o mundo. Trata-se de um sucesso de produtividade, decorrente da capacidade de movimentar mercadorias de forma eficiente e econômica e aptos a receber navios em quantidade cada vez maior. Assim, promover a competitividade sobejamente conhecida dos produtos da China. Essa realidade produtiva é verificada também em outros grandes portos americanos e europeus, como Nova Iorque, Hamburgo e Roterdã. Todos esses portos têm suas administrações descentralizadas.
Confira
* Uma nova abertura dos portos do Brasil
Hoje não paira dúvida de que no mundo de economia globalizada a competitividade econômica de um país está fortemente ligada a sua capacidade de movimentar mercadorias de forma eficiente e econômica por seus portos.
Nova abertura dos portos do Brasil é um debate que já se iniciou sobre como estruturar os portos brasileiros para serem mais produtivos e ágeis.