A Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) acredita que a economia brasileira já vem dando sinais de recuperação. Para tanto, cita, em levantamento que acaba de divulgar, que no primeiro semestre do ano, a corrente de comércio brasileira registrou um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2017. "As exportações atingiram U$ 113 bilhões enquanto as importações foram de U$ 83,8 milhões, garantindo um superávit de U$ 29,8 bilhões na balança comercial brasileira", diz a entidade empresarial.
Já no setor portuário privado, prossegue o estudo, o crescimento foi de 1,5% no semestre em relação ao ano passado. A região com maior destaque na movimentação de cargas dos Terminais de Uso Privado (TUPs) foi o Nordeste com aumento de 31% para 34%. Já no Sudeste, houve queda de 49% para 45%.
Leia também
* Portos desafiam o próximo presidente do Brasil
* Descentralizar a gestão dos portos brasileiros
Nos TUPs, a principal carga movimentada no primeiro semestre do ano foi o granel sólido com participação de 65%, seguido por granel líquido (25%), carga geral (6%) e contêineres (4%). Esse último segmento teve crescimento de 7,7% em relação ao primeiro semestre de 2017 e movimentou 1,4 milhão de TEUs (unidade de contêiner de 20 pés).
No ranking das cinco instalações portuárias com maior volume de movimentação de cargas, o terminal Ponta da Madeira (MA), da Vale, ocupou a primeira posição com cerca de 87 milhões de toneladas de granel sólido. Em segundo lugar, ficou o Porto de Santos seguido pelo Terminal de Tubarão (ES), Porto de Itaguaí (RJ) e Porto de Paranaguá (PR).
Já no ranking geral de movimentação em TEUs, destacam-se três terminais: Portonave (SC), na segunda posição, como movimentação de 366 mil TEUs, Porto Itapoá (SC), em quinto lugar com 315 mil TEUs, e a DP World Santos, na sexta posição com 278 mil TEUs.
Em relação às expectativas de crescimento econômico do país, as projeções indicam crescimento de 1,5% para 2018 e 2,5% em 2019. No setor portuário, a expectativa é de aumento na movimentação de cargas de cerca de 1,1 milhões de toneladas em 2018, conforme previsto no relatório anual de 2017.
É esperar para ver? Não, é agir para ver. Nesse sentido, as próximas eleições, em todos os níveis, serão decisivas. Portogente já se lançou ao desafio de saber o que os presidenciáveis pensam a respeito dos portos brasileiros.