A Europa sempre foi um dos principais destinos e origem das cargas de exportação e importação do Brasil. No ano de 2016, o continente foi o destino de R$ 21 bilhões em exportações brasileiras e a origem de R$ 17 bilhões em importações, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O continente consolida-se como o terceiro maior parceiro comercial do Brasil – em volume de negócios –, atrás da China e EUA.
No Porto Itapoá, localizado no norte de Santa Catarina, as cargas movimentadas com a Europa, tanto as de exportação quanto as de importação, representam hoje 30% do volume de movimentação do terminal. Consolidar e ampliar este serviço é estratégico para o crescimento de Itapoá. Isso porque, dentro de poucos meses, com o fim da primeira fase das obras de expansão, o terminal deve ampliar a sua capacidade de movimentação em até 70%.
Até recentemente, o serviço Europa ofertado aos clientes do Porto Itapoá se concentravam nos armadores Hamburg Sud e CMA-CGM. A partir da reconfiguração e a entrada de um novo armador, a Maersk Line, a amplitude, disponibilidade e menor transit-time se transformam em importantes diferenciais no mercado.
A inauguração desta nova composição do serviço Europa ocorreu no último dia 29/10, com a atracação do navio CMA CGM Magdalena, que faz parte do serviço Mesa/Sirius/Bossa Nova (Mediterrâneo e Sul da Europa). No domingo, dia 5/11 o navio CAP San Lorenzo, do armador Hamburg Sud, iniciou o serviço Saec1/Safran/Samba no Porto Itapoá (Norte da Europa).
Uma das condições que levaram os armadores a consolidarem suas rotas no Porto Itapoá está diretamente ligada à capacidade que os navios deste serviço possuem, entre 8 mil e 11 mil TEUs (medida padrão para contêineres de 20 pés). Poucos terminais no Brasil têm condições de operar essas embarcações em sua capacidade máxima de volume.
Além disso, a escala em Itapoá terá um dos menores transit times entre Brasil e Europa. No serviço Mesa (Mediterrâneo), a importação será de 22 dias e a exportação, de 28 dias. No Saec1 (Norte da Europa), a importação apresenta um transit time de 33 dias, enquanto a exportação é de 33 dias.