Sábado, 20 Abril 2024

Após registrar em 2016 o menor índice de movimentações comerciais das últimas três décadas, Argentina e Chile buscam se reaproximar. Afinal, causa espanto que dois territórios vizinhos e que praticam o mesmo idioma não consigam, ironicamente, "falar a mesma língua". Para explorar o potencial adormecido, autoridades políticas e empresariais dos dois países sul-americanos estão realizando encontros de trabalho, visando garantir um acordo bilateral condizente com a realidade econômica global e com as projeções para o futuro. A terceira rodada de negociações aconteceu na última semana, em Buenos Aires - onde é gerado 50% do PIB argentino. Um documento com as regras já foi redigido e agora está sendo aperfeiçoado, buscando desburocratizar as operações comerciais, agilizar as licenças necessárias para importação/exportação e incentivar os setores produtivos das duas nações. Historicamente, o principal parceiro de ambos é o Brasil. No entanto, tem sido detectada uma tendência global por descentralizar os negócios e ampliar a rede de países com os quais há estreito relacionamento, contribuindo para isso a política protecionista de Donald Trump para os Estados Unidos. Nos últimos anos, a Argentina arrecadou cerca de quatro vezes mais receitas com vendas de cargas ao Chile do que gastou em importações. As principais produções chilenas enviadas a território argentino se concentram em cobre e minérios diversos, equipamentos elétricos, substâncias químicas, frutas frescas e salmão. Na via contrária, produtos alimentícios, químicos e do reino vegetal são as principais cargas movimentadas. A próxima rodada de negociações acontece de 16 a 18 de agosto, no Chile.

Luz no fim do túnel - Além da redação do acordo bilateral, uma obra física tem o intuito de facilitar o comércio entre os vizinhos sul-americanos. É o Túnel de Água Negra, um projeto de dois trechos que poderá transpor a Cordilheira dos Andes e conectar a província argentina de San Juan com a região chilena de Coquimbo. O vídeo a seguir apresenta projeções desta obra. 

 

LogFarma - Atenta ao consistente crescimento da indústria farmacêutica em caráter mundial e às exigências logísticas para esse tipo de atividade, a Hamburg Süd anuncia ao mercado que atenderá às diretrizes legais e aos processos de calibração no transporte de produtos farmacêuticos em equipamentos reefer a partir de julho deste ano. Grandes companhias do setor logístico e de navegação estão anunciando investimentos para participar desse mercado que registra vigoroso crescimento, mas que necessita respeitar as especificações estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além disso, há muitos outros certificados exigidos por instituições como Anvisa, conselhos de farmácia (Federal e Regionais), Cetesb, Ibama e, em alguns casos, até pelo Exército. A Hamburg Süd informa, ainda, empregar uma equipe farmacêutica dedicada ao desenvolvimento de soluções especiais de transporte e utilizar sensores de regulação que permitem a calibração da temperatura. 

 

Pedindo licença - A Administração dos Portos do Paraná (Appa) comemora nesta segunda-feira (26) a obtenção da licença de operação para o Porto de Antonina. O documento foi emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e tem validade de quatro anos. Na prática, essa regularização ambiental permite que novas instalações portuárias sejam construídas em Antonina, que hoje conta somente com um cais público de reduzido calado (aproximadamente 6 metros) e o Terminal da Ponta do Félix, especializado na movimentação de cargas gerais e granéis. Apesar de não constar entre os principais portos brasileiros, o porto paranense registrou exponencial aumento de operações em 2016 e arrendou áreas para implantação de indústrias. Entre os projetos da Appa para Antonina estão a implantação de uma plataforma logística e industrial e de um terminal turístico em Barão do Teffé.

antonina expansao

 

Dependência química - A administração de outro porto de porte intermediário também se movimenta para melhorar e aumentar a sua capacidade portuária. A Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) publicou no Diário Oficial da União deste dia 26 de junho um aviso de tomada de preços para contratar serviços de recuperação das estruturas do Terminal Público de Granéis Sólidos II do Porto de Aratu, no litoral baiano (veja aqui detalhes sobres as instalações do terminal). A obra é fundamental para aperfeiçoar as atividades de movimentação de cargas como minérios de ferro, fertilizantes, manganês e cobre, fortalecendo sua posição como importante porto para escoar a produção química e petroquímica da Bahia e dos estados vizinhos, além de aumentar a competitividade deste segmento no mercado internacional. Há duas semanas registramos aqui na Radar Global comentário em tom de desabafo de um trabalhador portuário local sobre o sucateamento da estrutura e dos equipamentos do porto que mais movimenta cargas na Bahia. A Autoridade Portuária vem prometendo, desde o ano passado, recuperar e aperfeiçoar áreas no porto organizado e no retroporto.

Rapidinhas - O Porto de Santos abre licitação para contratar consultoria técnica em mecânica dos solos, em engenharia de fundações e de estruturas em geral, com ênfase em estruturas portuárias * * * A Brasil Terminal Portuário (BTP) nomeou como novo diretor de Operações Marcio Guiot, executivo com larga experiência em cargos de liderança no segmento * * * A Companhia Docas do Pará (CDP) foi advertida pela Antaq por deixar de contratar ou renovar seguro de responsabilidade civil para o Terminal de Altamira.

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Bruno Merlin


Bruno Merlin é redator e jornalista especializado nos temas logístico e portuário. Graduado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), há dez anos colabora com o Portogente, além de publicar reportagens em outros veículos como Folha de S. Paulo, SBT/VTV e Revista Textilia.

E-mail: brunomerlin@portogente.com.br