Em todo o mundo, a indústria naval é considerada de importância estratégica, pois representa a mobilização de grandes contingentes de mão-de-obra e de vastos recursos financeiros. Influi na economia dos países pelo alto fator de multiplicação que proporciona ao longo de toda a sua cadeia produtiva.
É, também, um elo vital no processo de inserção dos países na economia mundial, como parte da logística de transportes dos bens produzidos, já que cerca de 95% do comércio mundial é realizado por via marítima ou por hidrovias.
Revitalização
O Brasil passou décadas sem construir grandes embarcações. As empresas nacionais requisitavam a compra a países do exterior. A revitalização da indústria e a criação de novos estaleiros foi alavancada com o lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Com esse programa o Governo Federal busca consolidar a retomada da indústria naval, com o financiamento de estaleiros e embarcações nacionais. Visa ainda assegurar o atendimento da demanda da Petrobrás por embarcações de carga e de apoio a plataformas.
No PAC 1 foram contratados financiamentos para 301 embarcações e 5 estaleiros. Para dar continuidade à retomada da indústria naval brasileira, o PAC 2 prevê investimentos de R$ 31 bilhões de reais para financiamentos a estaleiros e embarcações de carga, passageiros, pesca, apoio à navegação e apoio à plataforma. Os estados mais contemplados são Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo.
No dia 17 de dezembro de 2013, a presidente Dilma Rousseff usou o Twitter para celebrar os avanços que os governos de seu partido, o dos Trabalhadores, garantiu à atividade: “Participo de solenidade da conclusão da plataforma P62, equipamento para exploração de petróleo em águas profundas. (…) Nesses 11 anos, fizemos renascer a indústria naval. Hoje, 79 mil homens e mulheres trabalham nos estaleiros nacionais”.