A falta de infraestrutura logística eficaz é a queixa maior do presidente da Câmara Interamericana de Associações Nacionais de Agências Marítimas (Cianam) e do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Espírito Santo (Sindamares), Waldemar Rocha Júnior. Ao Portogente, ele falou sobre os problemas comuns das agências marítimas nas três Américas, Latina, Central e do Norte, como a liberação de navios, alfândegas, migração, portos e infraestrutura.
Crescimento de 5,5% ao longo de oito anos. Crescimento de 13% durante a crise econômica mundial de 2009, enquanto a China cresceu 10% no mesmo período. Tudo isso pode ir por água abaixo com o fim do Fundo para o Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), incentivo às importações e exportações. A preocupação é do deputado estadual Luciano Rezende (PPS), que teme pela continuidade do desenvolvimento e crescimento do Espírito Santo.
O licenciamento ambiental do Terminal Marítimo Mar Azul, que a Norsul pretende instalar na Baía da Babitonga [foto], em São Francisco do Sul (Santa Catarina), enfrenta uma batalha ambiental desde 2007. Na ocasião, a Associação Ecológica Carijós (Ameca) entrou com ação junto ao Ministério Público e paralisou o processo. Em fevereiro último, o movimento enviou documento ao presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Ibama) manifestando a contrariedade das entidades com a instalação do empreendimento que prevê um píer de 1,450 km, atravessando a baía de Babitonga, em Área de Preservação Permanente (APP) e berçário marinho.
“Perdemos a era do ouro, a era do café e podemos perder a era da logística”. A crítica é do ex-presidente da Companhia Docas do Estado do Espírito Santo (Codesa), Henrique Zimmer, sobre o que vem sendo veiculado sobre o setor portuário no estado. “Existem forças internas (poucas) e externas (muitas) que não querem que o Espírito Santo continue seu desenvolvimento. É necessário que se faça uma cruzada contra os adversários”.